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Campanha reivindicatória tem nova rodada de negociações nesta terça (26/1)

25 de janeiro de 2010

O Sinpro Minas retoma nesta terça-feira (26/1) as negociações com o Sinep/MG (sindicato patronal) sobre a campanha reivindicatória 2010. Também já estão previstas reuniões com os demais sindicatos patronais em Minas Gerais.   A diretoria do Sinpro Minas espera chegar a um acordo o mais breve possível – ampliando os direitos dos professores da rede privada –, já que a data-base da categoria é 1º de fevereiro. Na campanha salarial do ano passado, as negociações resultaram nas assinaturas das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) em quase todo o estado, com manutenção dos direitos e recomposição salarial. Reivindicações Os docentes reivindicam para este ano a recomposição salarial de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), além de um ganho real de 5,25% (projeção de crescimento do PIB feita pelo Dieese); a equiparação dos pisos salariais da educação básica; a implementação de planos de carreira e de cargos e salários; a limitação de alunos por turma, entre outros itens.  >> Clique e confira a pauta da campanha reivindicatória 2010

Na área da saúde dos professores, a categoria reivindica a oferta, por parte das instituições de ensino, de planos de saúde e de oficinas voltadas para a preservação do aparelho fonador e auditivo, bem como o acompanhamento preventivo anual de doenças decorrentes da atividade laboral, como o estresse. EAD Os professores da rede privada de ensino também querem regulamentar a Educação a Distância, estabelecendo limites de alunos por turma, carga horária, entre outros critérios. Essa modalidade de ensino é a que mais tem crescido nos últimos anos. De acordo com o mais recente Censo do Ensino Superior, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), em 2008 foram criados 239 cursos de EAD, um aumento de 58,6% em relação ao ano anterior. No mesmo período, houve uma oferta de 158.419 novas vagas. Na avaliação da diretoria do Sinpro Minas, a ausência de uma legislação trabalhista específica para essa modalidade de ensino tem permitido que instituições de ensino contratem professores como tutores, com o objetivo de precarizar as condições de trabalho, diminuindo os salários e aumentando o número de horas trabalhadas e de alunos orientados.

Conjuntura  Para a diretoria do sindicato, o cenário atual, de mercantilização da educação, é preocupante. Algumas medidas adotadas por empresários do setor, sobretudo pelos grandes grupos educacionais, têm levado a um quadro de desrespeito aos direitos da categoria, além da sobrecarga de trabalho. Em algumas instituições de ensino, como a Unincor e o Colégio Diretriz, os professores estão em greve por atrasos salariais. No Instituto Metodista Izabela Hendrix, o ano letivo pode iniciar com paralisação das atividades docentes. 

O Sinpro Minas ressalta que a qualidade da educação passa necessariamente pela valorização dos professores. “A cada dia os sindicatos patronais, orientados pela lógica do mercado, investem mais contra os direitos dos professores da rede privada, com o objetivo de aumentar os lucros, que já são muito altos. A educação precisa ser vista pelo viés da valorização dos profissionais que nela trabalham, e não pela lógica mercantil”, frisou Gilson Reis.

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