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Categoria aprova pauta da campanha reivindicatória 2017

2 de dezembro de 2016

Em assembleia no sábado (26/11), na sede do Sinpro Minas, em Belo Horizonte, professores do setor privado de ensino aprovaram a pauta da campanha reivindicatória de 2017, que será encaminhada aos sindicatos patronais. A pauta prevê, entre outros pontos, reajuste salarial pelo INPC mais ganho real de 3%, elevação do adicional extraclasse para 33%, adicional por tempo de serviço a cada três anos (triênio) e estabilidade no emprego durante a vigência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Na assembleia, os docentes ressaltaram que, para garantir avanços, será necessário resistir às tentativas, tanto patronal quanto governamental, de retirada de direitos trabalhistas e sociais. Para isso, destacaram que a participação da categoria na campanha será fundamental. “Durante todo o ano de 2016, nós, trabalhadores e trabalhadoras, temos sofrido uma ofensiva desmedida de grupos que representam o grande capital. Estamos presenciando um ‘tsunami’ conservador por parte do governo ilegítimo que se apossou do Palácio do Planalto, que conta com a chancela do Congresso Nacional”, afirmou Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas.

Segundo Valéria Morato, no caso específico das políticas educacionais, a aprovação da PEC 55 comprometerá as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), entre elas a que prevê a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor. A presidenta do Sinpro Minas destacou ainda o retrocesso proposto pela reforma do ensino médio, que modifica as diretrizes curriculares, ampliando a carga horária e precarizando a atividade docente.

“A possibilidade da escola contratar por ‘notório saber’, sem qualquer formação pedagógica, é uma clara demonstração de desvalorização dos professores por este governo ”, ressaltou. “São com essas pessoas que estaremos negociando, e é nessa correlação de forças que vamos resistir. A nossa moblização e unidade serão fundamentais para que não haja retrocessos das nossas conquistas. Vamos reafirmar as nossas reivindicações”, afirmou.

Trabalho excessivo

Os professores também criticaram, durante a assembleia, a excessiva carga de trabalho fora e dentro escolas. “O aumento do adicional para 33% é justo e necessário. A cada dia, as novas tecnologias avançam e roubam o nosso tempo livre”, disse uma professora, ao relatar a exigência que as escolas fazem de que os docentes participem de fóruns, chats e redes sociais com os alunos, além de publicarem extensos relatórios na internet e lecionarem em salas de aula lotadas na educação a distância. O diretor do sindicato, Edson de Paula Lima, lembrou que o adicional extraclasse de 20% foi aprovado em 1989, depois de uma greve da categoria de 36 dias. “O adicional não se restringe à valorização dos professores, mas significa também a qualificação do ensino. Essa luta não é só pela remuneração. É também pela defesa de uma educação que acreditamos”, afirmou.

As rodadas de negociação com o patronal estão previstas para começar em dezembro. “Não será uma campanha fácil. As negociações serão duras, pois os donos de escolas vão insistir em retirar direitos. Mas não temos dúvida de que a categoria saberá, como sempre fez, em sua história, resistir e garantir avanços, mesmo em meio a um cenário adverso, em que o setor empresarial e o governo ilegítimo de Golpista querem a todo custo precarizar as condições de vida e trabalho do povo brasileiro. Vamos nos unir ainda mais, participar das assembleias e mobilizar os colegas, a fim de avançar nas conquistas que garantam a todos nós melhores condições de trabalho e mostrar que a educação não pode ser tratada como mercadoria”, ressaltou a diretora de comunicação do Sinpro Minas, Clarice Barreto.

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