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Doutor BH é lembrado em ato político

21 de julho de 2009

O ex-prefeito de Belo Horizonte, Célio de Castro, falecido em 20 de julho do ano passado, foi homenageado, no último dia 20/07, no ato Tributo a Célio de Castro, às suas ideias e ideais, realizado na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais. O ato foi uma iniciativa do Sindicato dos Professores de Minas Gerais, do Sindicato dos Jornalistas e de familiares de Célio de Castro.

 

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, foi o orador oficial do evento. Políticos, sindicalistas, médicos e amigos do ex-prefeito também marcaram presença. O ministro Patrus Ananias lembrou que Célio de Castro foi perseguido político durante a ditadura militar, respondeu a inquéritos e apesar de todo o sofrimento resolveu ser o médico dos pobres. “O que mais me marcou no convívio com Célio foi o compromisso com a vida “, disse o ministro Patrus.

 

Para o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, que foi um dos anfitriões do ato, a impressão é que o ex-prefeito não morreu. Para Gilson, “ele está presente” e a sua  capacidade como médico, político e como homem deixou uma marca inesquecível na história de Minas Gerais e do Brasil. “Com o objetivo de construir alternativas para a política em Belo Horizonte, o Doutor BH tornou-se prefeito da capital e mesmo vivendo conflitos e divergências, ele construiu um legado de articulação política com diversos setores sociais em benefício das pessoas”, ressaltou Gilson.

 

Célio de Castro foi médico clínico renomado, duas vezes presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais e duas vezes deputado federal (1987-1992), primeiramente pelo PMDB e, posteriormente, pelo PSB, sendo a primeira delas como constituinte. Foi vice-prefeito de Belo Horizonte (1993-1996).

 

Candidatou-se a prefeito da capital mineira em 1997, pelo PSB, tendo obtido 77% do total de votos válidos. Reelegeu-se em 2000, pelo PT. Em 2002, sofreu um acidente vascular cerebral, que o levou a tirar licença médica e, mais tarde, à renúncia e ao afastamento da vida política. Célio de Castro também era portador de uma doença rara, de origem genética, e degenerativa – a Polineuropatia Amiloidótica Familiar.

 

Amigo pessoal e conselheiro do presidente Lula, Célio de Castro foi um verdadeiro costureiro político, com amplo trânsito e respeito entre os partidos de esquerda, setores progressistas e movimentos populares. Deixou a marca do humanismo, da ética e da luta incansável pela justiça social em todos os cargos que assumiu.

 

Assim, Célio de Castro resumiu seu pensamento sobre a política: “Pensar política significa, em rápidas palavras, sustentar contra todos os obstáculos e circunstâncias, as idéias de justiça, igualdade e liberdade. Estas são palavras que legitimam o pensamento político (…) Diria que as palavras que explicitam a ação coletiva podem ser enumeradas: ousar, resistir, inventar e manter a fidelidade”.

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