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Programação marca um ano do crime ambiental em Mariana

1 de novembro de 2016

Em Belo Horizonte e em Mariana várias atividades culturais  serão realizadas nesta semana, nos dias 4 e 5,  para marcar um ano do crime ambiental da Samarco/Vale/BHP,  ocorrido no dia 5 de novembro de 2015. São  muitos sindicatos, movimentos sociais, ONGs, jornalistas e artistas de todas as áreas que se uniram para protestar contra o descaso com os atingidos pela tragédia e contra o modelo de exploração mineral vigente no país. Veja abaixo algumas destas manifestações:

Programa Extra-Classe

Tragédia de Mariana: Memória e Justiça é o nome do programa de televisão produzido pelo Sinpro Minas para marcar um ano do desastre-crime da Samarco.

O programa mostrará na edição deste sábado, dia 05/11, às 10h da manhã na Rede Minas, a situação dos moradores e das áreas urbanas afetadas pela tragédia de Mariana, há 1 ano, privilegiando a memória e as vivências dos atingidos pelo desastre-crime da Samarco.

Nossa equipe foi à Mariana e Bento Rodrigues para ouvir as pessoas e observar os impactos sociais e ambientais que ainda perduram na região, além de conversar sobre como as comunidades e os movimentos sociais estão se organizando para superar o que aconteceu. Numa narrativa e estética mais poética e de memória, o programa apresenta um olhar diferenciado e sensível sobre esse triste momento da nossa história recente.

O Extra Classe vai ao ar neste sábado, dia 5, às 10 horas e, depois será reprisado na terça-feira, às 13h30 pela Rede Minas. Em seguida, poderá ser acessado pelo site www.sinprominas.br

Olhar Mariana

Veja também o documentário que a Rede Minas exibirá neste final de semana sobre um ano da tragédia em Mariana.O especial Olhar Mariana traz testemunho dos profissionais da emissora que foram a campo.

Olhar Mariana – Documentário Rede Minas

RE JEITO

Rejeito2

Representantes de movimentos sociais, ambientalistas, artistas e pesquisadores da Grande BH e Bacia do Rio Doce se reunirão, nos dias 4 e 5 de novembro, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, em ato de protesto contra o maior desastre ambiental do país, causado, há um ano, pelo rompimento da barragem de Fundão (utilizada pela Samarco e Vale S.A.), no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana/MG.

Uma tragédia anunciada por organizações socioambientais, por promotores e procuradores de justiça, por grupos de cientistas que vêm acompanhando o descaso das grandes empresas de mineração neste e em outros estados brasileiros, para com o meio ambiente, as águas e as populações e comunidades dentro e ao redor.

O desastre da Samarco/Vale/BHP, como ficou configurado em diferentes denúncias do Ministério Público e de grupos socioambientais, resultou da irresponsabilidade e negligência das mineradoras, de corporações empresariais que fazem lobby pelo afrouxamento dos processos de licenciamento, e de autoridades governamentais e parlamentares que se submetem a este jogo, legislando e autorizando o licenciamento de centenas de barragens de rejeitos, o uso de água por minerodutos e a mineração sobre importantes mananciais para o abastecimento público das atuais e futuras gerações.

Como decorrência disso, em 5 de novembro de 2015, mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos da Samarco e Vale S.A. mataram 20 pessoas, incluídas duas crianças e um bebê em gestação, ecossistemas e milhares de peixes de todo o Rio Doce, afetando a vida de mais de um milhão de pessoas de cidades, comunidades e atividades rurais, pesqueiras, industriais e turísticas, inviabilizadas pela lama lançada sobre mais de 650 km de rios até o Oceano Atlântico.

A atividade na Praça da Liberdade quer lembrar à população de Belo Horizonte, da região metropolitana e de Minas Gerais, que a capital do Estado é cenário e sede de medidas que resultam neste e noutros desastres já ocorridos e vindouros; que a população e os mineiros devem se solidarizar com as vítimas humanas e não humanas, e exigir a responsabilização dos culpados.

Assim, uma VIGÍLIA abre o ato, às 19h desta sexta-feira, na Praça da Liberdade, com uma cerimônia simples e a abertura da atividade REJEITO, com apresentação do músico Makely Ka e minipalestras de pesquisadores e representantes de segmentos atingidos pelo desastre do rio Doce e pela mineração em Minas Gerais.

Na manhã do sábado, haverá intervenção artística na Praça Sete, seguida de cortejo até a Praça da Liberdade, que será palco, a partir das 11hs, de apresentações teatrais, instalações e performances artísticas, poéticas e musicais, projeções noturnas e microfone aberto às manifestações do público.

“Rejeito, o dia que já dura um ano” será um alerta e um registro histórico dos que defendem mudanças sérias e consequentes na gestão ambiental e na promoção de um desenvolvimento de fato sustentável em nosso estado.

Mais Informações:

Gustavo Gazzinelli – 98804-2991 / gt.gazzinelli@gmail.com

Frederico Siman – 988591487 / anaflaviaqf@gmail.com

Ana Flávia Quintão – 98489-9392 / anaflaviaqf@gmail.com

Organização e apoio

Acaó (Santa Maria de Itabira), Addaf (Ferros), Boi Rosado Ambiental, Brigadas Poupulares, Cefad -Centro Franciscano de Defesa de Direitos, Coletivo Margarida Alves, Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas, Espaço Comum Luiz Estrela, Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de MG, Fica Ficus, Fonasc-CBH, FRAJUPE – Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia, JUFRA-Juventude Franciscana, Movimento contra a Barragem (Raposos), Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela, MovSAM – Movimento pelas Serras e Águas de Minas, Parque Jardim América. Projeto Manuelzão, Reaja (Conceiçao do Mato Dentro e Região), Salvemos a Casa de Guimarães Rosa em BH, SINDÁGUA.

Programação REJEITO

Sexta-feira,  04 de novembro

Praça da Liberdade

• 19h – Ato sonoro.

• 19h15 – Vigília em homenagem às vítimas fatais – Músicas de Makely Ka.

• 19h30 – Palestras

— Jesus Rosário Araújo —

Presidente da Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais.

— Maria Teresa Corujo (Teca) —

Movimento pelas Serras e Águas de Minas (MovSAM)

Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela.

— Denise de Castro Pereira —

Professora da PUC-Minas, Pesquisadora de Conflitos na Mineração.

Paulo Rodrigues —

Geólogo do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) e integrante do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela e do MovSAM.

Juliana de Souza Matias —

Diretora Regional da Fetaemg / Polo Rio Doce

e Secretaria Estadual de Juventude da CTB Minas.

— Ricardo Ferreira Ribeiro —

Doutor em Ciências Sociais em Desenvolvimento,

Agricultura e Sociedade.

— Avelin Buniacá Kambiwá —

Mulher indígena Kambiwá, socióloga e professora. Representante do Comitê Mineiro de Apoio às Causas Indígenas.

• 22h – Encerramento.

Sábado – sábado, 05 de novembro 

Praça Sete

• 9h – Instalação artística “Vida e Morte de um Rio Sagrado ”Grupo Carte-Í. Foto Eliane Velozo

Grupo Carte-I - Foto Eliane Velozo (1)

• 11h – Performance coletiva: “Grito do Watu” Rio Doce.

Cortejo a partir da Praça Sete com previsão de chegada na Praça da Liberdade às 12h.

Sábado, 05 de novembro 

Praça da Liberdade

• 9h às 22h – Criação, produção, intervenções e instalações.

•11h –Teatro Infantil “A terra tremeu”, do grupo de teatro Pequi (Nanci Alves e Karine Terrinha). Foto Saulo Martins

A Terra TremeuFotoSauloMartins

• 12h às 12h30 – Chegada do cortejo “Grito do Watu/Rio Doce”

13h – Distribuição de mudas (Boi Rosado Ambiental)

• 15h – Cosmovisão Indígena

• 16h – Ato sonoro

• 16h20 – Espetáculo Assembleia Comum. (Grupo Espaço Comum Luiz Estrela). Foto: Frente Revolucionária do Audiovisual

Assembleia Comum 3 - Foto F.R.A.U.D.I - Frente Revolucionária do Áudiovisual

• 18h – Boi Caveira. – Irmandade dos atores da Pândega. Foto Maria Oliveira

Irmandade dos Atores da Pândega 1 (1)

19h30 – Ato sonoro e Projeções.

Microfone aberto: palavra aberta para poetas, rappers, cidadãos.

Performances poéticas confirmadas: Gibi Cardosos, Pterodata – Projeto Multimídia, João Diniz

• 21h – Republica da Lama.

Mais informações: (31) 31.98804.2991   com Gustavo Gazzinelli  ou (31)  98489-9392  com Ana Flávia

ou pelo facebbok  https://www.facebook.com/odiadorejeito/

Encontro  dos Atingidos por Barragens “# um ano de lama – um ano de luta”

MABMariana

03 à 05 de novembro de 2016, Mariana

Dia 03

09h – Mística – organicidade – acolhida das caravanas

10h – Ato político de abertura: Duarte Eustáquio Gonçalves Junior – Prefeito Municipal de Mariana. Dr. Guilherme de Sá Meneghin – Promotor da 2ª promotoria de Justiça da Comarca de Mariana – MG Dom Geraldo Lyrio – Arcebispo da Arquidiocese de Marina

11hs – Mesa I – A voz dos atingidos – (depoimentos a partir da visão dos atingidos e atingidas desde o ocorrido e a situação atual) – Um representante de Bento Rodrigues; Porecatu de Baixo; Barra Longa; Rio Doce; Ipaba; Cachoeira Escura; Naque; São Lourenço; Periquito; Governador Valadares; Tumeritinga; Respelendor – Krenaks; Mascarenhas; Colatina; Baixo Guandu; Linhares; Regência; Aracruz; Pescadores; 1 Viúva; Belo Monte; Irapé/Jequi/Norte; Rondônia; Baixo Iguaçu.

12:30 – almoço

14h30 às 16h30

Mesa II – Análise das entidades dos trabalhadores da Mineração, das categorias da Plataforma Operária e Camponesa para Energia e do MAB sobre o crime.

17h30 às 18h30

Mesa III – Análise de lideranças artísticas e intelectuais sobre o crime. Artistas na mesa: Flávio Renegado Makeli ka Falamansa.

– Falamansa

19h Jantar

20h30 às 22h – Atividade Cultural:  Makeli ka Flávio, Renegado, Fafá da Barra, Andreia Roseno e Mistura Popular

Dia 04

08h30 – Mística Mesa IVA violação dos Direitos Humanos das populações atingidas por Barragens e os desafios atuais. Dra Deborah Duprat – Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão. Deputado Federal João Carlos Siqueira (Padre João), Comissão Direitos Humanos Câmara Federal. Deputado Rogério Correia – Comissão Especial de Barragens/ Assembleia Legislativa MG. Procuradores – Dr. Edmundo Dias e Dr. Eduardo Aguiar (a confirmar) Maria Dirlene Trindade Marques – Conselho Nacional de Direitos Humanos Dr. Leandro Scalabrim –MAB

12hs – almoço

14hs Mesa V – Apresentação do Dossiê sobre os impactos à SAÚDE relacionados ao rompimento da Barragem – (Feito pela Rede de Médicos) Depoimento de um atingido de Barra Longa. 15hs intervenção da Ciranda do MAB 15h30 Mesa VI – Os desafios organizativos e da luta na garantia por direitos e recuperação da Bacia do Rio Doce – MAB. a) Trabalho por pólos regionais dos atingidos/as; b) Reunião de trabalho com entidades e lideranças políticas

19h – Jantar

20hs – Atividade cultural. Artistas do MHud Apresentação Zé Geraldo

Dia 05

07hs –  Saída de Mariana – Rumo à Bento Rodrigues – Ato e culto ecumênico.

1 minuto de Sirene 18hs Missa celebrada por Dom Geraldo em Mariana. Encerramento

 

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