Cidadãs do Mundo: meninas com autismo
A antropóloga Verónique Durand fala sobre a síndrome de Asperger, ou seja, a tendência ao autismo, e como isso afeta de forma diferente as mulheres. Diferente porque, além do problema em si, o autismo fica mais difícil de ser diagnosticado por questões culturais - meninas, adolescentes e mulheres se esforçam muito para responder ao que a sociedade espera delas, ou seja, sorrir, ser dócil, obedecer. Então, o sofrimento é redobrado - além do sofrimento (devido ao ser "diferente"), elas tentam se tornar invisíveis, parecer o que não são. A antropóloga destaca os dados de seu país, a França. "De cada 4 autistas, 3 são homens. Segundo Marie Rabatel, presidente da Associação Francófona das Mulheres Autistas, identificar o autismo ajudaria muito as mulheres. Elas são geralmente brilhantes, inteligentíssimas e não reconhecem os códigos sociais e sabem que não funcionam como as outras. Sofrem violências por não entender certas situações".