Entidades representativas dos professores e estudantes das fundações que serão absorvidas pela Uemg, conforme prevê o projeto de lei sancionado pelo governador Antônio Anastasia, se reúnem nesta quarta-feira, 2 de outubro para lançar a campanha Em Defesa da Uemg.
O ato público será as 14 horas na Assembleia Legislativa de MG (13º andar). No dia 24/10, o movimento pretende realizar várias atividades nos munícipios das instituições de ensino superior ligadas à Uemg.
Leia abaixo a carta aberta do movimento
Ato público em defesa da Uemg2 de outubro – 14 horas -Assembleia Legislativa de Minas Gerais(Rua Martim de Carvalho, 94 /13º andarAuditório Carlos Drummond de Andrade)
24 de outubro – “Dia estadual de luta e mobilização”Atividades nos campi e instituições de ensino
Carta Aberta
Educação se faz com investimento e transparênciaEm defesa da UEMG e dos trabalhadores das fundações
Nós, abaixo-assinados, defendemos a absorção, pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), de seis fundações de ensino superior do interior do estado, conforme estabelece projeto de lei sancionado pelo governo estadual no final de julho. A estadualização dessas instituições, que serão integradas à Universidade, está em consonância com a nossa posição histórica a favor de um ensino público, gratuito, de qualidade e para todos.
No entanto, existem pontos que estão obscuros nesse processo, e a falta de transparência por parte do governo do Estado tem preocupado os trabalhadores, estudantes e comunidades que vivenciam agora essa situação. Entre eles destacamos:
A ausência de diálogo, por parte do executivo estadual, acerca de questões essenciais para se garantir uma educação de qualidade, esclarecendo a gestores e profissionais a estimativa de recursos destinados a essa ampliação da UEMG.
A administração estadual e o projeto de lei sancionado tampouco esclarecem acerca dos direitos dos alunos e dos passivos trabalhistas do corpo docente e técnico-administrativo das fundações. Apesar de serem essenciais, o governo do estado só abriu um canal de diálogo sobre essas questões após reiterados pedidos. Porém, até o momento, nada está solucionado.
Como se não bastasse, professores, alunos e técnico-administrativos da Universidade enfrentam atualmente situações em algumas unidades da capital e do interior, tais como:
Falta de estrutura física (prédios precários, banheiros alagados, elevadores que não funcionam, falta de salas para cumprir as funções básicas de uma universidade, como pesquisa, ensino e extensão, etc);
Necessidade de concursos públicos para o corpo técnico-administrativo e docente;
Não contratação de funcionários para função administrativa, em função de corte de verbas;
Falta de apoio a bolsas para qualificação (além da exigência da CAPES de produtividade e de se qualificar);
Unidades do interior com bibliotecas defasadas e sediadas em locais inadequados;
Demora e falta de clareza na política de investimento e planejamento da construção do novo campus no bairro Cidade Nova (BH) e na maioria dos campi do interior.
Falta de transparência para esclarecer quando e como serão sanados esses problemas;
Não há dúvidas de que a educação superior é fundamental para transformar as várias regiões mineiras, a partir de um novo projeto de desenvolvimento social e econômico, vinculado à ciência e tecnologia.
Mas para isso, e para que a UEMG avance como uma universidade pública, gratuita e de qualidade, sustentada no tripé ensino, pesquisa e extensão e com valorização do corpo docente, discente e técnico-administrativo, é preciso garantir dotação orçamentária suficiente, algo que até hoje não foi feito pelos sucessivos governos que administraram o Estado.
Portanto, a decisão de estadualizar as fundações torna-se apenas mais uma medida com viés eleitoreiro, como muitas outras vistas na área da educação em Minas Gerais. Sem estruturar o que já existe, como assumir o que está por vir?
Por essas razões, as entidades que assinam esta carta marcaram para 2 de outubro um ato público, às 14 horas, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Rua Martim de Carvalho, 94 /13º andar – Auditório Carlos Drummond de Andrade). O ato reunirá professores, estudantes e auxiliares de administração escolar em defesa da UEMG e dos trabalhadores das fundações.
No dia 24 de outubro, será realizado o “Dia estadual de luta e mobilização”, nos campi e nas instituições de ensino, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a falta de transparência durante esse processo de extinção das fundações e absorção dos cursos e alunos pela UEMG. Queremos, ainda, discutir o modelo de universidade que se propõe.
Por fim, reafirmamos o nosso compromisso com a defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade, voltada para um projeto de desenvolvimento com soberania e justiça social, e conclamamos todos a participar dessa luta em defesa da UEMG.
Campanha unificada em defesa da UEMG e dos trabalhadores das fundações de ensino
Sinpro Minas – SAAE-MG –SindUemg –UEE-MG – Adunimontes – Contee -CTB – Fitee
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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