Com o debate intitulado “Os livros proibidos” sobre obras
que não ganham espaço na mídia tradicional como A Privataria Tucana, de Amaury
Ribeiro Júnior, O Príncipe da Privataria, de Palmério Dória, e Desvendando
Minas – Descaminhos do projeto neoliberal, organizado por Gilson Reis e Pedro
Otoni, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa – Barão de Itararé oficializou
o seu núcleo em Minas. O evento aconteceu no dia 8 de abril, no Teatro da
Assembleia Legislativa de Minas.
O presidente do Centro de Estudos Barão de Itararé,
Altamiro Borges, explicou que a entidade procura agregar jornalistas,
blogueiros, acadêmicos, movimentos sociais e cidadãos que queiram discutir a
importância estratégica da luta pela democratização da comunicação. “Se não
ligarmos a luta pela democratização da comunicação com o movimento social
brasileiro, essa luta não avança”, sentenciou.
O jornalista também destacou que a comunicação no Brasil é
muito concentrada, dominada por sete famílias que não respeitam nem a
Constituição. “Esse debate sobre a regulamentação está correndo o mundo, mas,
infelizmente, no Brasil, esse tema não ganhou corações e mentes. O Barão de
Itararé visa intensificar esse debate. Nesse sentido, é muito importante que
ele se descentralize. Daí a nossa alegria de estar fundando esses núcleos
regionais”, disse.
Fazem parte do coletivo de organização do Barão Minas as
jornalistas Débora Junqueira, Lidyane Ponciano e Jaqueline Morelo, o professor
Marco Eliel Santos de Carvalho e o ativista Thiago Moraes. “Entendemos que é
necessário um espaço que faça um contraponto da mídia em geral e o Barão de
Itararé será, aqui, esse ponto de resistência e reflexão”, disse Marco Eliel,
que também é diretor do Sinpro Minas, uma das entidades que apoia a iniciativa.
Presente no debate, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior,
explicou que o seu livro mapeia as propinas pagas ao PSDB e o fracasso das
privatizações. “Foi uma roubalheira muito grande. E muitas outras empresas não
foram privatizadas graças à resistência de pessoas que lutaram até o final”,
denunciou.
Gilson Reis, vereador e presidente do Sinpro Minas, também
fez um resumo sobre o livro Desvendando Minas – Descaminhos do projeto
neoliberal, que desconstrói a falácia do choque de gestão durante o governo
Aécio Neves, mostrando que em vários aspectos a propaganda de eficiência de
gestão alardeada pelos tucanos é um mito. “O legado é de um estado falido, com
um caos em áreas sociais como na educação”, afirmou.
“Penso que um evento como esse, em Minas Gerais, onde há
uma imprensa submetida aos interesses dos grupos econômicos e do poder político
dominante, não só é necessária como definitiva para superarmos uma fase da
democracia ainda muito restrita e construir um país democrático e soberano, em
que as opiniões da sociedade possam ser debatidas sem censura”, disse Reis.
O autor de O Príncipe da Privataria, Palmério Dória,
contou que o seu livro foi além das histórias registradas na imprensa sobre o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Sofri com o bloqueio e silêncio da
mídia sobre o meu livro. Para se ter uma ideia, demoraram uma semana para
reconhecê-lo, mas o livro está aí para quem quiser conhecer a verdade”,
afirmou.
Os interessados em participar do Barão Minas, podem fazer
contato pelo e-mail: baraominas@gmail.com ou
pelo Facebook.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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