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Matrícula no ensino superior dobra e atinge mais de 7 milhões

5 de agosto de 2014

O Portal Vermelho entrevistou a coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto, sobre a expansão do ensino superior. Confira abaixo a reportagem:

 

O sonho de milhões de jovens brasileiros de cursar o ensino superior já não é privilégio de poucos. Os governos de Lula e Dilma democratizaram o acesso e aumentaram os investimentos na educação de R$ 18 bilhões, em 2002, para R$ 112 bilhões, em 2014, um crescimento real de 223%.

 

No governo FHC, o número de universidades particulares subiu de 684 em 1995, para 1.442 em 2002, um aumento de 200%. Enquanto que o número de universidades públicas caiu de 210 em 1995, para 195 em 2002.

 

Com o alto índice de desemprego e o acesso cada vez mais restrito ao financiamento estudantil, os jovens não tinham perspectivas de cursar uma faculdade. Foi no governo Lula que essa realidade começou a mudar.

 

A melhoria da renda somada à política de inclusão com a criação do Programa Universidade para Todos (ProUni), a ampliação de beneficiados com o Fies e a consolidação do Enem como a principal porta de entrada para o ensino técnico e superior, dobraram o número de matrículas nas universidades brasileiras, de 3,7 milhões para mais de 7 milhões.

 

“A ampliação do acesso ao ensino superior é importante para qualquer país. Não há duvidas que de que um contingente significativo de jovens, que jamais sonhavam em cursar o ensino superior, está formado. Até mesmo pessoas com mais idade que não tiveram a oportunidade de fazer uma faculdade, voltaram às salas de aula”, afirma Madalena Peixoto, coordenadora-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), professora titular e diretora do Centro de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

 

De acordo com o Censo do IBGE, o acesso à educação superior na faixa etária de 18 a 24 anos mais que dobrou no período 2000 a 2010. O número de jovens nessa faixa que declaravam ter tido acesso ao ensino superior era de apenas 9,1% em 2000 e passou para 18,7% em 2010.

 

Esse índice se confirma com o aumento de matriculados na graduação. Entre 2000 e 2010, o número de matriculas no curso superior (privado e particular) passou de 2.694.245 para 5.449.120.

 

A professora Madalena destaca que incluir é importante, mas é preciso também garantir a qualidade do ensino. “Não é à toa que o Ministério da Educação tem descredenciado algumas instituições por conta das condições e qualidade oferecidas aos alunos. Temos que incluir e elevar o nível cultural e a capacidade de oferecer conhecimento dessas instituições”, enfatiza a professora.

 

Na outra ponta, está a estudante do segundo ano de Direito, Cynthia Victorio Santos, de 18 anos. Para ela, o financiamento estudantil foi a melhor opção para conseguir cursar o ensino superior. “Sem o Fies não teria condições de realizar um sonho. Havia outras opções que comprometeriam muito a minha renda”, disse ela, que mora na Vila Medeiros, em São Paulo, com a mãe, que é cuidadora de idosos, e mais dois irmãos. “Fazer faculdade representa uma garantia de futuro, de conhecimento e realização profissional”, completa Cynthia.

 

Na rede pública, as melhorias vieram por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), lançado em 2007.

 

O orçamento das universidades federais passou de R$ 6,4 bilhões em 2003, para R$ 25,9 bilhões em 2012, o que resultou, de acordo com o MEC, num acréscimo de quase 60% no número de vagas oferecidas nas universidades federais entre 2003 e 2009. Com Dilma e Lula foram criadas mais 18 universidades federais e em 2014, o Brasil atingiu a marca de 1 milhão de alunos em universidades públicas.

 

Tucanos não queriam o ProUni

 

Agora, o candidato tucano Aécio Neves papagueia aos quatro ventos que vai manter o ProUni. Mas não convence. O programa foi criticado pela sua turma, que chegou a entrar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal porque, segundo eles, a reserva de parte das bolsas por critérios sociais e raciais iria contra o princípio de isonomia entre os cidadãos. A ação prejudicaria os atuais 1,4 milhão de jovens beneficiados com bolsas pelo ProUni (em sua maioria integrais).

 

Por Dayane Santos, do Portal Vermelho

 

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