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Mesmo com a Campanha Outubro Rosa, Ministério da Saúde limita mamografia

4 de outubro de 2016

Outubro já é conhecido como o mês da luta contra o câncer de mama em todo o mundo. Neste ano de 2016, a ação terá como tema “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”. A mensagem reforça o debate para que a população participe ainda mais das atividades promovidas em todo o país para o diagnóstico precoce da doença. “Este mês é muito importante por que foi escolhido para intensificar o cuidado com a saúde da mulher, justamente porque a prevenção ainda é o melhor remédio para todos os males, inclusive o câncer”, afirma Elgiane Lago, secretária da Saúde da CTB.

No entanto, este ano, mesmo com toda a mobilização internacional e com a orientação médica para que o exame seja anual, o Ministério da Saúde desse governo ilegítimo indica em seu site para as mulheres realizarem o teste de mamografia a cada dois anos.“Para mulheres entre 50 e 69 anos, a indicação do Ministério da Saúde é que a mamografia de rastreamento seja realizada a cada dois anos”, diz texto postado no site do ministério.

“É impossível aceitarmos um descaso desses com a saúde da população. As mulheres continuarão firmes exigindo que o Sistema Único de Saúde preste esse serviço para todas as mulheres”, afirma Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB. Já Elgiane Lago, secretária da Saúde da CTB, diz que “ao contrário do que o ministério defende, nós insistimos que o exame seja feito todos os anos a partir dos 40 anos, porque aos 50 já pode ser tarde.  Ainda mais porque por falta de informação adequada, a mamografia ainda é um mito para muitas mulheres”.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) defende que a avaliação seja feita em todas as faixas etárias, principalmente em casos onde há ocorrência familiar. “Queremos mostrar que isso é essencial durante toda a vida para evitar não só o câncer de mama, mas outras doenças”, explica o presidente da SBM, Ruffo de Freitas Junior (saiba mais aqui).

A partir de 2010 o governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), passou a integrar a Campanha Outubro Rosa. Mas este ano, está diferente. Para Ivânia Pereira, “o governo tem um papel fundamental para a saúde da mulher e os governos Lula e Dilma contribuíram para que o Outubro Rosa virasse uma referência no país”. De acordo com ela, “eles disponibilizaram os serviços nas unidades de saúde em todo o país”.

A cura é possível
Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Por isso, é preciso desfazer crenças sobre o câncer, para que a doença deixe de ser vista como uma sentença de morte ou um mal incurável e inevitável. Alguns tipos de câncer, entre eles o de mama, apresentam sintomas e sinais em suas fases iniciais. Descobertos cedo podem ser tratados a tempo. A detecção precoce ajuda a reduzir a mortalidade e traz melhores resultados no tratamento de alguns tipos de câncer.

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos, e representa cerca de 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres. Este é câncer mais comum entre as brasileiras, com exceção do câncer de pele não melanoma.

Não há uma causa única para câncer de mama. Diversos são os fatores que estão relacionados à doença, como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, história familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo e exposição à radiação.

Prática de atividade física e alimentação saudável, com a manutenção do peso corporal, estão associadas a um menor risco de desenvolver a doença: cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados quando são adotados esses hábitos. A amamentação também é considerada um fator protetor.

A Sociedade Brasileira de Mastologia indica como prevenção:
–  Comer bem, de maneira geral, seria não ficar muito tempo sem alimentar-se, ou seja, comer de três em três horas, em pequenas quantidades, sempre priorizando os alimentos naturais e evitando os alimentos industrializados.
–  O ideal é evitar o excesso de carboidratos simples, como açúcar adicionado aos alimentos, doces, sucos de caixinha ou saquinho, refrigerantes, pão branco, macarrão, sempre preferindo as opções integrais.
–  Gorduras em excesso devem ser evitadas tanto em quantidade quanto em relação a qualidade da gordura ingerida.
–  Procurar ingerir proteínas de boa qualidade, principalmente o consumo de frutas, legumes e verduras por serem fontes de vitaminas e minerais essenciais, e ricas em fibras que ajudam na saciedade e no funcionamento adequado do intestino.
–  A palavra que não pode faltar para alcançar uma alimentação saudável é o “planejamento”. Saia de casa com seu dia alimentar planejado e tente segui-lo da melhor forma possível.

Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:

– caroço (nódulo) fixo, geralmente indolor;

– pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja;

– surgimento de alterações no bico do peito (mamilo)

– saída espontânea de líquido dos mamilos.

– podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Mulheres com risco elevado para câncer de mama são aquelas que: 

– Tiveram caso na família de câncer de mama masculino;

– Tem parente de primeiro grau, como mãe, irmã e filha, que tiveram câncer de mama antes dos 50 anos;

– Tem parente com câncer de mama bilateral (nas duas mamas) ou no ovário, em qualquer idade.

É importante que as mulheres, independentemente da idade, conheçam seu corpo para saber o que não é normal em suas mamas. Ao identificarem alterações suspeitas, devem procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação profissional.

Além de estarem atentas ao próprio corpo, também é recomendado que as mulheres entre 50 e 69 anos façam mamografia a cada dois anos. A mamografia pode ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas.

Fonte: Portal CTB e Blog da Saúde

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