A prefeitura de Montes Claros vai iniciar a vacinação contra a Covid-19 dos professores de escolas públicas e particulares na cidade. 

A decisão, publicada em decreto nessa quarta-feira (26/5), representa uma vitória para a categoria e ocorre após a pressão feita por entidades ligadas à educação, entre elas o Sinpro Minas. 

No início deste ano, o sindicato protocolou um ofício na administração municipal, por meio do qual pedia a inclusão dos professores do setor privado no grupo prioritário de vacinação e se colocava à disposição para discutir protocolos seguros de volta às aulas presenciais, para o momento em que o retorno fosse possível.  

Na cidade, a defesa da inclusão dos professores no grupo prioritário contou com a participação do vereador Daniel Dias (PCdoB), presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal. Ele recebeu a diretora do Sinpro Minas Nalbar Rocha, para conversar sobre o assunto, e também encaminhou o ofício do sindicato à prefeitura, reforçando o pedido.

“Temos nos reunido com secretários de educação, vereadores e outros gestores públicos, para apontar a necessidade de vacinar os professores e demais profissionais da educação. Estamos trabalhando exaustivamente com esse modelo remoto, e todos queremos voltar às aulas presenciais, mas de forma segura. Vamos continuar os esforços para que essa decisão de Montes Claros se torne uma realidade em todo o estado”, afirmou Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas.  

Escala de vacinação
A prefeitura não estipulou uma data, mas disse que os professores serão imunizados assim que o município receber mais doses, e que a cidade tem vacinado mil pessoas por dia.  

Pelo decreto publicado, os professores da educação infantil serão os primeiros a serem vacinados. Em seguida, a escala prevê vacinar a categoria de acordo com o nível de ensino: fundamental 1, fundamental 2, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, por fim, ensino superior e pós graduação.  

A prefeitura de Montes Claros também suspendeu as aulas presenciais na rede pública, após constatar que poucos pais enviaram os filhos para as escolas, por medo de infecção pela Covid-19.