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Sinpro repudia proposta de retorno às aulas presenciais em Poços de Caldas

16 de abril de 2021

Enquanto especialistas do mundo todo avaliam que o retorno às aulas presenciais durante a pandemia traz um elevadíssimo risco de contágio da  Covid-19 a toda a comunidade escolar, vereadores de Poços de Caldas criam projeto de lei para que a educação entre para a lista de serviços essenciais e as aulas presenciais retornem imediatamente. O projeto não teve a devida discussão com as entidades representativas, nem com a comunidade escolar.

O próprio texto do projeto evidencia total descaso com as consequências das aulas presenciais em um momento tão grave como estamos vivendo: “A proposta salienta a necessidade do reconhecimento da Educação como atividade essencial, garantindo que continue sendo oferecida mesmo quando, por exemplo, os dados da pandemia da COVID-19 se agravem e outros serviços sejam suspensos.” Ou seja, para esses/as vereadores/as não importa o impacto do crescente número de contágios e mortes, uma afirmação incoerente diante do atual quadro.

Vários especialistas em saúde e educação avaliam que o atual momento da pandemia de covid-19, com mais de 365 mil  mortos no Brasil, hospitais lotados, falta de medicação, oxigênio e leitos de UTI’s insuficientes para atender à população, transforma a reabertura de escolas para aulas presenciais em um risco para toda a população. Um risco que ameaça membros da comunidade escolar, além de moradores das comunidades do entorno das escolas e familiares. “Não é hora de retomar as aulas presenciais, sob o risco de transformar as escolas em espaço de disseminação do vírus e de ameaça à vida”, defendem pesquisadores do Observatório Covid-19BR, da Rede Análise Covid-19 e da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. A avaliação vai na mesma linha da realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em fevereiro deste ano.

Os/as pesquisadores/as ainda consideram  que o país precisa compreender o que ainda não foi capaz de assimilar com a urgência necessária: “a prioridade absoluta é salvar vidas.
O Sinpro Minas entende a educação como fundamental, mas em uma dimensão que respeite a vida. Por isso, sem vacina e sem condições de adequação a protocolos sanitários e direito à testagem, o sindicato segue defendendo o trabalho remoto como a forma mais segura de passar por este momento da pandemia.

Neste sentido, o Sinpro Minas repudia a atitude dos/as vereadores Regina Maria Cioffi Batagini (PP), Silvio Rogério Carvalho de Assis (MDB), Claudiney Donizetti Marques (PSDB), Ricardo Sabino dos Santos (PSDB) e Wellington Alber Guimarães (DEM), que colocam a pauta econômica e o lucro de donos de escolas acima da vida de estudantes, professores/as e familiares.

Para fortalecer a luta contra o projeto, foi criado um abaixo-assinado virtual, em forma de manifesto. Para participar, clique aqui e acesse o link!

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