Os professores de Poços de Caldas rejeitaram, em assembleia realizada nesta terça (29), a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Sinepe-SM. A categoria também defendeu a continuidade das negociações com o sindicato patronal e a manutenção da pauta reivindicatória.

Os donos de escola ofereceram apenas a correção da inflação acumulada nos últimos 12 meses, 4,87%. A proposta não contempla as necessidades dos professores, que reivindicam a recomposição desde 2020 – ano da pandemia de Covid-19 – mais ganho real, totalizando 19,65%.

O patronal também ignorou o restante da pauta, inclusive os pontos que não oneram as escolas, como ao direito à desconexão – ou seja, o horário de término do acesso virtual para mensagens ou atualizações deve ser o mesmo do término da aula.

“Essa pauta é fruto das necessidades dos professores, portanto é justa e é possível! A nossa categoria sempre está unida e disposta a lutar por seus direitos. O que pedimos é valorização. É revoltante perceber que o nosso trabalho – essencial para que as escolas existam – vale tão pouco para quem obtém lucro sobre ele. Queremos salário justo e respeito”, afirma a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato.

Valéria também afirma que a mobilização vai continuar: “Vamos intensificar as ações em Poços de Caldas e estamos certos da participação de todos”.