Hoje, no dia Mundial da Saúde (07 de abril), numa parceria do Conselho Regional de Nutricionistas de Minas Gerais (CRN9-MG) e dos cursos de nutrição das Faculdades e Universidades de Belo Horizonte, o Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Terminal Rodoviário da capital) se transforma num espaço de conscientização para hábito alimentares saudáveis que promovam qualidade de vida e bem-estar. As atividades acontecem de 09 h às 20 h, no 2º piso (hall das bilheterias), com diversos estandes – exibição de filmes, espaços lúdicos e de orientação e diálogo com o público para compras saudáveis, higienização e conservação de alimentos, modismos alimentares, prevenção de doenças crônicas através da boa alimentação.
A mobilização do Dia Mundial da Saúde, na capital, pretende despertar a sociedade para a conexão de vida com saúde e opção por alimentos de qualidade e nutritivos. A proposta integra a agenda nacional do Sistema Conselho Federal de Nutricionistas / Conselhos Regionais de todo o Brasil (CFNs-CRNs) de debater com o cidadão brasileiro a garantia da segurança alimentar com a produção de alimentos sem uso de agrotóxicos com práticas agroecológicas.
ALERTA COLOCADO
O brasileiro come mal quando se refere à qualidade nutricional. Falta qualidade nas escolhas e opções alimentares. Os nutricionistas alertam, no Dia Mundial da Saúde, para o consumo exagerado de alimentos com sal, açúcar e gorduras. As consequências da má alimentação são o crescimento de doenças como câncer, cardíacas, diabetes, hipertensão, obesidade, dentre outras. A vida cotidiana tem forçado à alimentação rápida e, muitas vezes, sem a qualidade de nutrientes necessários para que as pessoas tenham saúde.
A radiografia do hábito alimentar, constatada na Pesquisa do Orçamento Familiar (POF) do Ministério da Saúde (M.S.) preocupa ao apontar o aumento da ingestão de biscoitos recheados, salgadinhos, pizzas, doces e produtos com alto teor calórico e com insignificantes valores nutricionais. No contraponto, cerca de 90% (noventa por cento) dos brasileiros não consomem frutas, legumes e verduras como orienta o Ministério da Saúde. Somando-se a ingestão de cálcio, vitamina D e Vitamina E, que tem sido extremamente baixo.
DADOS ALIMENTARES NO BRASIL
O IBGE junto com o Ministério da Saúde sinaliza que os hábitos dos brasileiros que vivem nas cidades concentram-se em: salgados fritos ou assados (53,5%), pizza (42,1%) e sanduíches/hambúrgueres (41,8%). Ao lado destes dados, outros números preocupantes são os de bebidas em excesso. O consumo de bebidas destiladas (50%) e de bebidas não alcoólicas – refrigerantes (47,9%). Já para a população que vive no meio rural, os dados apontam: sorvete (56,3%), pizza (52,6%), salgados fritos e assados (48,4%), bebidas destiladas (26,4%), refrigerantes diet-light (31,5%) e para o regular (36,5%)
Na zona rural, segundo informações do IBGE/MS, há grande consumo de arroz, feijão, batata-doce, mandioca, farinha de mandioca, manga, tangerina, peixes frescos, peixes salgados e carnes salgadas. Porém, nas cidades, os alimentos em alta são os prontos para o consumo e/ou processados como o pão de sal, biscoitos, iogurtes, vitaminas, sanduíches, salgados fritos e assados e pizza. Além destes, os refrigerantes, sucos e cerveja.
As informações acima somam-se aos dados divulgados pela pesquisa do Ministério da Saúde – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – VIGITEL 2013 – que confirma a necessidade de mudanças nos hábitos alimentares. Números da pesquisa VIGITEL – constatam que metade da população adulta segue acima do peso (50,8% dos brasileiros estão com sobrepeso e, destes, 17, 5% são obesos). Há um consumo significativo de refrigerantes e alimentos gordurosos.
CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA CONTRAMÃO
As informações da pesquisa IBGE-MS sinalizam que uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos estão acima do peso recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. No caso dos adolescentes brasileiros, os índices identificam que, na faixa etária de 10 a 19 anos, houve um salto de 3,7% (1970) para 21,7% (2009) nos casos de sobrepeso e obesidade.
Foi identificado que população infanto-juvenil consome pouco feijão, saladas e verduras. Os números afirmam que 50% dos adolescentes consomem salgados (industrializados, fritos ou assados), pizza, refrigerante e batata frita. Dos números, “o consumo de biscoitos recheados foi 4 (quatro) vezes maior entre adolescentes. Já nos sanduíches, os adolescentes e jovens adultos consomem duas vezes mais que os adultos e idosos”, cita o documento.
AGROTÓXICOS NOS ALIMENTOS
No que se refere à garantia alimentar, outro dado preocupante é que o Brasil se destaca como o maior consumidor mundial de agrotóxicos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma no Relatório de Indicadores do Desenvolvimento Sustentável (2012) que, “em oito anos, a quantidade utilizada por área plantada no Brasil mais do que dobrou, passando de 70 kg por hectare em 1992 para mais de 150 kg por hectare em 2010”.
O uso de agrotóxicos chama a atenção sobre os riscos aos quais a sociedade está submetida. Dados da Campanha contra o Uso de Agrotóxicos em Minas afirmam que o Brasil é hoje o maior consumidor de “venenos” na produção de alimentos. “Cada cidadão ingere em média 5(cinco) quilos de agrotóxicos por ano. A incidência de pesticidas e fungicidas nos alimentos é preocupante”. O documento da campanha mineira destaca que “a realidade coloca a sociedade diante de um grave problema de saúde pública, com milhares de casos de câncer, inúmeras doenças graves e mortes”.
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