Um patrimônio da luta docente e sindical

O ano era o de 1980. O Brasil ainda vivia sob a ditadura militar, quando surgia em Minas Gerais uma importante publicação impressa. Nascia o Extra-Classe, uma voz coletiva, firme, que atravessou décadas ecoando a luta, a esperança, as conquistas e os desafios dos professores e professoras do setor privado de ensino de todo o estado.

Mais do que um canal para denunciar precarizações e abusos praticados pelos donos de escolas, o Extra-Classe se tornou, ao longo de sua trajetória, um marco na história da comunicação sindical e da resistência docente em Minas Gerais. Um símbolo de compromisso com os professores e com um país mais justo e soberano.

Em tempos de censura, ele denunciou. Em tempos de mobilização, ele convocou. Página por página, edição após edição, o jornal acompanhou greves históricas, enfrentamentos políticos, conquistas salariais, reformas educacionais, ataques aos direitos e as muitas vitórias construídas com unidade, coragem e organização.

Mais do que informar, o jornal sempre foi um instrumento de formação política e de reflexão crítica. Uma ferramenta essencial na defesa intransigente de um modelo educacional que tenha como premissas básicas a valorização da categoria e a qualidade do ensino, e que contribua para a unidade e o desenvolvimento da nação.

Mesmo diante das transformações tecnológicas, o jornal continuou firme por anos. Da primeira edição, em junho de 1980, à última, publicada em dezembro de 2015, o Extra-Classe registrou a memória coletiva dos docentes em Minas Gerais e fortaleceu a identidade dos professores como categoria organizada e atuante.

Agora, com a digitalização das edições, o nosso jornal se torna uma relevante fonte de pesquisa sobre a história da educação e do movimento sindical no Brasil. Trata-se de um acervo valioso das conquistas, greves e lutas que mobilizaram milhares de professores e professoras do setor privado de ensino em Minas Gerais.

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