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Sinpro Minas publica proposta de calendário escolar para 2026 sem sábados letivos

15 de setembro de 2025

O Sinpro Minas publicou uma sugestão de calendário escolar para o ano letivo de 2026. O documento apresenta as datas dos recessos e feriados nacionais e municipais, além da proposta de 200 dias letivos, conforme prevê a legislação educacional, sem aulas aos sábados. (Clique Aqui para acessá-lo).

“Essa tem sido uma reivindicação forte da nossa categoria. Os professores e professoras não querem mais sábados letivos, e a sugestão de calendário que apresentamos demonstra que é perfeitamente possível conciliar o cumprimento da legislação com a demanda dos docentes. Vale ressaltar que essa reivindicação também é apresentada pelos pais e estudantes, que sentem a necessidade desse momento de descanso, sem aulas aos sábados, diante da rotina atribulada de estudos e de trabalho”, destaca a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato.

Ela ressalta que a categoria precisa de mais dias de descanso, lazer e outras atividades com suas famílias, diante do aumento das demandas nos últimos anos, com a introdução das novas tecnologias na educação, e da sobrecarga de trabalho.

“Esse cenário tem adoecido a categoria. Recebemos diariamente relatos de professores e professoras, que revelam estarem exaustos diante de tantas cobranças e do crescimento do volume de tarefas, muitas delas sem vínculos com as atividades de ensino. Sábado deve ser dia de descanso, não de trabalho”, denuncia Valéria Morato.

De acordo com especialistas e diversos estudos, o aumento do tempo disponível para o lazer e o descanso representa mais qualidade de vida e reduz o estresse e outros problemas de saúde física e mental.

Segundo dados do Ministério da Previdência Social, em dez anos dobrou no Brasil o número de afastamentos em razão de transtornos mentais e comportamentais, chegando a 440 mil casos. No ano passado, em comparação com 2023, o aumento foi de quase 67%.

De acordo com o relatório do ministério, boa parte dos afastamentos em 2024 foi em decorrência de transtornos de ansiedade, episódios depressivos e por transtorno depressivo recorrente – quadro que atinge muitos docentes em todo o país.

Uma pesquisa do Instituto Península, de 2022, por exemplo, apontou que 84% dos professores se sentiam emocionalmente exaustos, enquanto outro estudo da Fiocruz (2023) revelou que sete em cada dez docentes apresentaram sinais de depressão ou ansiedade.

“Vamos intensificar o debate sobre esse assunto e a mobilização da categoria em torno dessa reivindicação e de melhores condições de vida e trabalho. Os professores e professoras não conseguem trabalhar adequadamente dessa forma, diante de um cenário que não favorece a saúde física e mental. O quadro atual representa uma desvalorização da profissão docente, e assim jamais teremos um ensino com a qualidade que tanto almejamos”, afirma Valéria Morato.

COMENTÁRIO

Uma resposta

  1. Seria muito bom e necessário, os professores estão exaustos emocionalmente e fisicamente com tantos sábados letivos. Precisamos de descanso para melhor atender as necessidades dos nossos alunos.

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