Sindicalistas, representantes de
movimentos sociais e de partidos políticos participaram de uma visita da
Comissão da Verdade e do Ministério Público ao 1º Batalhão da Polícia do
Exército, no Rio de Janeiro, no dia 23 de setembro.
No local funcionou o Destacamento
de Operações de Informações — Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi),
principal centro de tortura e assassinatos durante a ditadura militar
(1964-1985).
O grupo quer o tombamento do
prédio e informações de desaparecidos. A visita às dependências do Exército faz
parte da campanha para que o local seja tombado e transformado em um centro de
memória. Além disso, a comissão entregou um ofício com pedidos de informações
sobre os prisioneiros políticos que passaram pelo DOI-Codi durante a ditadura,
registros sobre servidores que atuaram no departamento e também sobre o
atentado à bomba na OAB, em agosto de 1980.
Para o diretor da Contee e do
Sinpro Minas, José Carlos Arêas, a atividade coordenada pela Comissão da
Verdade é mais um passo para a criação de um centro de memória do período da
ditadura militar. “Esse espaço deve se tornar referência para as próximas
gerações e para que não existam mais ações ditatoriais, como torturas e
perseguições e que o nosso país siga em um processo de desenvolvimento
democrático que respeite o ser humano e priorize o debate de ideias”. O
professor José Carlos foi um dos presos políticos que passaram pelo local.
Toda a permanência na comissão e
dos parlamentares no local foi filmada e fotografada pelo Exército. Já a
imprensa não teve autorização para acompanhar a visita.
Um grupo de estudantes montou um
varal em frente ao Batalhão com as fotos de mortos e desaparecidos da ditadura,
entre eles Wladimir Herzog. Na manifestação, que ocupou uma faixa da rua Barão
de Mesquita, também estava presente o grupo Tortura Nunca Mais.
A comitiva contou com a participação do presidente da
Comissão Estadual da Verdade do Rio, Wadih Damous, do senador do PSOL-AP
Randolfe Rodrigues, o senador João Capiberibe (PSB-AP) e das deputadas federais
Luiza Erundina (PSB-SP) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). O policiamento foi
reforçado no local.
No documento entregue ao
Exército, há ainda pedidos de informações relacionadas às seguintes pessoas
mortas e desaparecidas, a maioria com passagem pelo DOI-Codi: Mario Alves,
Celso Gilberto de Oliveira, Rubens Paiva, Raul Amaro Nin Ferreira, Antônio
Joaquim de Souza Machado, Carlos Alberto Soares de Freitas, Gerson Theodoro de
Oliveira, Mauricio Guilherme da Silveira, Aluízio Palhano Pedreira Ferreira,
Walter Ribeiro Novaes, Heleni Telles Ferreira Guariba, Paulo de Tarso Celestino
Silva, José Raimundo da Costa, Paulo Costa Ribeiro Bastos, Sérgio Landulfo
Furtado, Umberto A. Câmara Neto, João Batista Rita, Joaquim Pires Cerveira,
Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, Eduardo Collier Filho, David
Capistrano da Costa, José Roman, Luiz Ignácio Maranhão Filho e Walter de Souza
Ribeiro.
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