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Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas, é reeleita presidenta da CTB Minas

9 de julho de 2025

A professora Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas, foi reeleita presidenta da CTB Minas e estará à frente da central pelo próximo quadriênio. O 6° Congresso da seção estadual reuniu mais de 200 trabalhadores que debateram a conjuntura e desafios atuais e aprovaram uma resolução política e um plano de lutas (confira abaixo). O Congresso foi realizado no Sítio da Fetaemg, em Belo Horizonte, nos dias 4 e 5 de julho.

Além de Valéria, outros diretores do Sinpro Minas foram eleitos para a direção: Marilda Silva, Telma Patrícia, Mônica Cardoso, Celina Arêas, Rodrigo Rodrigues, Terezinha Avelar, Clarice Barreto, Thaís D’Afonseca, Carlos Magno, José Carlos Arêas, Marcos Gennari e Adelmo de Oliveira.

O Congresso teve início com um ato político que reuniu lideranças sindicais e partidárias. Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, apresentou a Proposta de Resolução Política do 6° Congresso Nacional e o plano de lutas. “Estamos vivendo um momento marcado pela ascensão da extrema direita. Não temos outro caminho senão enfrentar essa tendência histórica. É o principal desafio das forças democráticas e progressistas”, afirmou Adilson. “Precisamos acreditar que é possível avançar em uma perspectiva de construir um mundo mais humano e menos desigual.”

“Nós temos que colocar como a questão principal a luta política, ou não vamos conseguir emplacar um novo projeto nacional de desenvolvimento”, afirmou. “O fato é que o Congresso Nacional não está disposto a abraçar um programa de desenvolvimento vocacionado a criar uma perspectiva para o povo.” 

Para Adilson, mais do que reagir, é preciso alterar a correlação de forças. “O que nos une é lutar pelo êxito do governo Lula, precisamos de um programa de reconstrução nacional e levantar a bandeira do ‘nenhum direito a menos.’”

Minas Gerais

A dívida de Minas Gerais com a União e os ataques regressivos do governo Romeu Zema (Novo) aos trabalhadores e ao serviço público foram tema do debate no sábado (5). A conjuntura estadual foi apresentada pelo economista Weslley Cantelmo e por Valéria Morato.

Para Cantelmo, falta “sofisticação” à economia mineira: “As principais atividades econômicas de Minas Gerais não trazem retorno significativo para o estado”, afirma. “Geram pouco emprego e, ao mesmo tempo, detém um controle político enorme, tanto na condução do estado quanto do país.

Sobre a dívida de Minas Gerais com a União, que atualmente chega a R$ 165 bilhões de reais, o economista considera uma contradição: “Não faz sentido inviabilizar um ente do Estado por uma dívida com a própria União”. 

No último mês, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou a adesão do estado ao Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados) como forma de revisar os termos da dívida. Apesar de um avanço em relação ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), Cantelmo considera o programa um “remendo”. “Ele mantém a lógica de pagamento da dívida, com a vantagem de ser possível eliminar os juros, mas para isso o estado tem que dar contrapartidas”, explica. “A principal é quitar pelo menos 20% da dívida. O estado  não tem caixa, a saída foi a federalização de ativos estatais”. 

“De qualquer forma, Minas perde ativos importantes para o desenvolvimento do estado, e isso para pagar uma dívida que subiu de forma absurda, principalmente no governo Zema”, completa.

Para Valéria Morato, é preciso que a CTB e os sindicatos filiados lutem pela soberania de Minas Gerais e defendam uma proposta de desenvolvimento. “O governo Zema tem um projeto que não é só liberal na economia, ele é facista e impõe uma alteração cultural que desrespeita nossa história e põe o pé onde podemos avançar em direção a um futuro melhor”, diz. “Precisamos lutar por um estado que tenha um futuro não de exclusão, mas sim de trabalho digno e democracia.”

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