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1º de Maio: Trabalhadores se unem pela redução da jornada de trabalho

28 de abril de 2010

 

Em Belo Horizonte, as atividades em comemoração do Dia do Trabalhador começaram na sexta-feira (30/4), com uma reunião entre sindicalistas e trabalhadores no Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte. No mesmo dia, também foi realizado um ato unificado das centrais, na Praça 7, com a participação de centenas de pessoas. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e as outras centrais sindicais realizaram atos políticos em todo o Brasil.

 

 

 

O presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis (foto), explica que as centrais sindicais se uniram para defender algumas bandeiras essencias para melhorar as condições de vida dos trabalhadores. “Queremos a redução da jornada de trabalho que hoje é de 44 para 40 horas semanais, sem redução dos salários, a valorização do salário mínimo, o fim do fator previdenciário e a realização da reforma agrária”, ressalta. Ele destacou ainda que, neste ano, o trabalhador lembrará a data diante de um cenário econômico favorável.  

 

Segundo dados do Ministério do Trabalho, no acumulado do primeiro trimestre de 2010, foram criados cerca de 660 mil postos de trabalho. O IBGE também revela que, pela primeira vez, desde março de 1994, o setor privado emprega com registro formal metade dos trabalhadores das grandes cidades. Em números absolutos, significa 11 milhões de pessoas com carteira assinada.

 

No entanto, Gilson Reis lembra que, apesar do bom momento econômico do país, “ainda existem vários razões para nos preocupar. O trabalhador brasileiro ainda enfrenta sérios problemas no mercado de trabalho, como os baixos salários e o assédio moral, além da longa e extenuante jornada, uma das maiores da América Latina”.

 

Um estudo recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que a redução da jornada para 40 horas semanais beneficiaria diretamente cerca de 19 milhões de trabalhadores brasileiros, podendo gerar mais de dois milhões de postos de trabalho. “É por essas razões que o Sinpro Minas não vai medir esforços para continuar a luta pela redução da jornada de trabalho e pela manutenção e ampliação dos direitos trabalhistas”, completa Gilson Reis.

 

As principais demandas dos trabalhadores estarão no centro dos debates da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, que será realizada no estádio do Pacaembu, em São Paulo, no dia 1º de junho. Essa conferência vai reunir milhares de trabalhadores e dirigentes sindicais para discutir um novo projeto nacional de desenvolvimento, com valorização do trabalho e distribuição de renda, para reverter o quadro de exploração e desigualdade instaurado pelo sistema neoliberal nos últimos anos.

 

Confira as atividades em comemoração do Dia Internacional do Trabalhador que a CTB promoveu pelo Brasil. Clique aqui.

 

História do 1º de Maio

 

O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.

 

Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

 

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.

 

Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho                                             

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