Reunidos em Brasília na terça-feira (10), representantes das centrais sindicais decidiram convocar para 30 de março o Dia de Mobilização e Lutas em Defesa do Emprego e dos Direitos Sociais fortemente ameaçados pela reação dos capitalistas à recessão exportada pelos Estados Unidos. Participaram da reunião lideranças da CTB, Força Sindical, Nova Central, UGT e CGTB. A CUT não compareceu, mas dirigentes daquela central assumiram o compromisso de marchar juntos com as demais centrais no dia 30, abandonando a idéia de uma manifestação exclusiva no dia 27.O secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, João Batista Lemos, elogiou o resultado da reunião, afirmando que “o fundamental, para nós, é a unidade do movimento sindical e isto foi garantido. Agora devemos trabalhar em conjunto para garantir grandes atos públicos em todo o país. Neste sentido, outra decisão importante foi a de realizar uma reunião ampla para preparar o Dia 30, com lideranças dos movimentos sociais (MST, UNE, Conam, entre outras) e da sociedade civil (OAB, ABI, CNBB). Consideramos conveniente ampliar ainda mais, convocando os partidos políticos, parlamentares e governantes, pois os efeitos da crise, dos quais o mais dramático é o desemprego em massa, afetam o conjunto da sociedade”, agregou.Protagonismo da CTBBatista explicou que a reunião das centrais em Brasília “foi em boa medida provocada pela CTB. Na condição de uma central filiada à FSM (Federação Sindical Mundial) havíamos assumido o compromisso de participar do 1º de Abril, convocado pela FSM, em resposta à crise, como o Dia Internacional de Luta pelos Direitos dos Trabalhadores e contra a Exploração. Trabalhamos, contudo, para unificar o movimento sindical na luta de classes em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, o que vai possibilitar uma resposta mais contundente à crise. Por isto”, acrescentou, “também concordamos em antecipar a data da manifestação e conseguimos, em conjunto com as demais centrais, unificar todo o movimento sindical em torno do dia 30 de março, o que está dentro do espírito da convocação feita pela FSM”.O dia da reunião com os movimentos sociais e a sociedade civil ainda será definido pelas centrais. As bandeiras unitárias das centrais compreendem a mudança da política econômica, com redução substancial dos juros, fim do superávit primário, ampliação dos gastos e investimentos públicos, condicionamento dos benefícios concedidos pelos governos às empresas à manutenção do nível de emprego, redução da jornada mas sem redução de salários, entre outras.Os sindicalistas pretendem realizar uma jornada unitária em defesa do emprego e pelo desenvolvimento com valorização do trabalho como resposta da classe trabalhadora à crise. Na opinião de João Batista Lemos “devemos caminhar juntos nesta jornada que, em nosso entendimento, deve e pode desembocar num 1º de Maio unitário em todo o Brasil. A crise é grave, dá sinais de aprofundamento também no Brasil, e demanda a mais estreita unidade da classe trabalhadora e seus representantes para impedir que o ônus da crise seja jogado sobre as costas do nosso povo. É o capitalismo que está em crise, a crise é da exclusiva responsabilidade dos grandes capitalistas, sobretudo do ramo financeiro. Para que se faça justiça nesta história, eles devem arcar com os prejuízos e não socializá-los, preservando os próprios lucros, como vem ocorrendo até agora. Para que a justiça prevaleça será preciso muita unidade e luta”.
Fonte: Portal CTB
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