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30 mil trabalhadores participam da Conclat

2 de junho de 2010

 

No dia 1º de junho em São Paulo, os trabalhadores escreveram mais uma página importante na história do movimento sindical brasileiro. Unidas, cinco das seis centrais sindicais organizaram e realizaram, com êxito, a II Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). A grande assembleia teve a participação de aproximadamente 30 mil pessoas.

 

A CTB, Força Sindical, Nova Central, CGTB e CUT demonstraram a capacidade de articulação dos trabalhadores no Brasil. A partir desse espírito unitário foi possível aprovar uma Agenda da Classe Trabalhadora. Entre as principais pautas estão a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40, extinção do fator previdenciário, valorização do salário mínimo, ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT e reforma agrária, entre outras.  

 

Os trabalhadores na educação foram representados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nos Estabelecimentos de Ensino (Contee) e também pelo Sindicato dos Professores (Sinpro Minas) que enviou uma delegação para acompanhar as discussões, entre outras entidades que representam o segmento.

 

O diretor da Contee e do Sinpro, José Carlos Arêas, ressalta que 29 anos depois da 1ª Conclat, que reuniu 5 mil pessoas na cidade de Praia Grande em São Paulo, no ano de 1981, os trabalhadores mostram novamente a importância da unidade para aumentar o seu protagonismo no cenário político nacional. “Eu estava lá em 1981 e naquele momento o nosso principal objetivo era reorganizar o sindicalismo para combater a ditadura militar e para isso buscávamos a legalidade para as centrais sindicais. Sofremos um grande golpe em 64 e estávamos ressurgindo com muita força no início dos anos 80”, lembra.

 

Arêas ressalta que hoje, com as centrais legalizadas, foi possível uma ação unitária para definir a plataforma para a construção de um projeto soberano de desenvolvimento para o País. Para ele, os trabalhadores devem participar ativamente das eleições de 2010 e por isso construíram uma agenda conjunta com base no “desenvolvimento com valorização do trabalho” enfatiza. “Com isso, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais torna-se imprescindível e será uma das nossas bandeiras” completa.

 

O diretor do Sinpro Minas, Newton de Souza, explica que em 1981 o objetivo era criar uma central única que abrigasse todos os trabalhadores, nesse contexto foi realizada a primeira Conclat. “A comunhão de todas as forças em uma só entidade não foi possível, no entanto, a I Conferência foi o embrião para a criação e legalização de todas as centrais que existem” enfatiza. Ele aponta que a CTB, criada em 2007, colocou novamente em discussão a necessidade de reconstrução desse mecanismo democrático que aproxima os trabalhadores e esse foi o ponto de partida para o acontecimento da 2ª Conclat.

 

Unidade

 

Os discursos dos cinco presidentes das centrais destacaram a unidade conquistada ao longo dos últimos meses, período em que se materializou o documento final da Conclat.

 

O presidente da CTB, Wagner Gomes, destacou o caráter histórico da Conclat e sustentou que a mesma unidade demonstrada pelas centrais deve servir de exemplo para um novo projeto nacional de desenvolvimento. “Estamos fazendo história e devemos ter consciência de que o destino do Brasil depende de nós. Os rumos políticos da nação podem ser mais ou menos progressistas dependendo da participação da classe trabalhadora nas batalhas em curso e, em especial, nas eleições de outubro, nas quais devemos nos empenhar de corpo e alma para eleger candidatos identificados e comprometidos com nossa agenda”, disse.

 

Seis eixos

 

A Agenda da Classe Trabalhadora, documento aprovado por unanimidade pelos cerca de 30 mil participantes da Conclat, contemplou seis eixos considerados estratégicos pelas cinco centrais e traduziu sua unidade de luta:

 

 

1. Crescimento com Distribuição de Renda e Fortalecimento do Mercado Interno;

2. Valorização do Trabalho Decente com Igualdade e Inclusão Social;

3. Estado como Promotor do Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental;

4. Democracia com Efetiva Participação Popular;

5. Soberania e Integração Internacional;

6. Direitos Sindicais e Negociação Coletiva.

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