O livro Desvendando Minas: descaminhos do projeto
neoliberal é uma obra de intervenção. Foi pensado para provocar reflexão e ação
em seus leitores. A trajetória do tempo recente é percorrida dentro de
“nuvens”; por isso os efeitos da turbulência são permanentes – partir do
presente tirando as vendas do passado, lançando-se assim a abrir caminhos para
o futuro.
No plano teórico, o ponto de
vista da crítica, não deve hoje ter limites; não deve aceitar barreiras; deve
saltar para frente, superando e negando todas as provas factuais que lhe serão
continuamente exigidas pela covardia intelectual.
Para o pensamento crítico em
Minas Gerais, voltou o momento da descoberta. O tempo da repetição, da
banalidade erigida em discurso sistemático, está definitivamente terminado.
Aquilo de que precisamos de novo,
desde o princípio, é uma férrea lógica que tenha lado, uma coragem empenhada
para si e uma capacidade de apontar caminhos para os outros, pelo e para além
do seu aparato de crítica.
O conjunto de textos que se
agrupam cada um vão desmontando, “abrindo caminho com a machadinha afiada da
razão”, as Minas Gerais do agora, sem opacidades e encobrimentos das
possibilidades do vislumbre de um outro caminho, que só pode ser se guiado por
outra via e de outra modernidade.
Das salas de aula ao chão das
fábricas, do sistema prisional às ruas da cidade capital, temos em cada texto
deste livro um fragmento que vai estabelecendo a construção de uma caixa de
ferramentas necessária para forçar as frestas do discurso e consenso que se
assentou na última década, para tanto, o necessário “dar combate à mistificação
em sua própria casa”, é a linha de conduta dos textos.
Segue-se o aprofundar da crítica
dos dispositivos que foram montados para este consenso: gestão, eficiência,
governo técnico, resultados; demolir esta narrativa para dela extrair
categorias, sua origem e justificação e a luz das contradições expostas,
apresentá-la a disputa dos rumos que correspondam às exigências do nosso tempo
– liquidação progressiva, mas rigorosa, do poder de escolhas e de domínio sobre
a vida da sociedade por parte das camadas dominantes, o que só será real se
determinar a afirmação em crescendo do poder de escolha e da hegemonia de um
poder público democrático, isto é, fundado no consenso e no apoio nas grandes
massas trabalhadoras e populares.
Pensar a crítica e a superação
tem sido tarefa inglória. Até a universidade e a intelectualidade se
estabeleceram sobre novos patamares, de horizonte curto e conservador, limitado
à ambiência do bom-tom acadêmico que reproduz o mundo exatamente como ele está.
Era preciso captar a teoria política crítica no patamar mais alto no qual foi
abandonada nas últimas décadas, para, a partir dela, avançar. É necessário
falar o inesperado e o angustiante num mundo no qual a angústia existe e é cada
vez maior, mas não sabe o que falar nem tem voz.
Minas Gerais precisa de um novo
rumo, de uma ruptura com a atual orientação dominante, de um projeto de
mudanças que seja capaz de promover o estabelecimento de um novo papel do
Estado, capacitando-o para exercer uma intervenção reestruturadora, abrangente
e continuada.
Podemos inaugurar esse novo
período; se nós podemos, logo devemos.
Sérgio Danilo Miranda Rocha -Secretário Geral da Fundação Maurício Grabois (Seção
Minas Gerais)
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