Em assembleia nesta terça-feira (13/5), na Associação Médica de Minas Gerais, professores de escolas particulares de Belo Horizonte e região reafirmaram a pauta de reivindicações da categoria e voltaram a recusar a proposta patronal, de reajuste de apenas 6,02% – o que representa 0,55% acima da inflação medida pelo INPC (5,62%).
Os professores reivindicam reajuste de 10%, entre outras propostas que valorizam a profissão docente, como a equiparação dos pisos da educação básica e o aumento do adicional extraclasse. A categoria também decidiu ampliar a mobilização e continuar as negociações com o patronal. O Sindicato entrou com protesto na Justiça do Trabalho para garantir a data-base por mais 30 dias.
“A convocação da paralisação foi importante para gerar um clima de debate sobre a campanha dentro das escolas”, avalia o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis. Segundo Reis, o nível de acirramento da campanha pode ser medido pelas represálias aos professores. Algumas escolas impedem a entrada do sindicato, assim como praticam ameaças veladas, na tentativa de coibir a organização dos professores para discutirem sobre suas próprias condições de trabalho.
Na assembleia, professores denunciaram a pressão e o assédio moral, praticados pelas direções, com o objetivo de desmobilizar a categoria. “Estamos, com nosso trabalho, subsidiando a ampliação da infraestrutura nas instituições de ensino”, criticou um docente. Gilson Reis ressaltou que o momento é favorável para que haja melhorias dos salários e condições de trabalho dos professores e apresentou dados do cenário econômico, entre eles a expansão do setor privado de ensino e da massa salarial dos trabalhadores, o aumento das mensalidades em até 12%, o aquecimento do mercado interno e a baixa taxa de desemprego do país. “As condições objetivas estão colocadas. Então os donos de escolas têm condições de atender as reivindicações apresentadas e valorizar a categoria”, afirmou.
Dados divulgados recentemente pelo jornal Valor Econômico confirmam essa expansão do setor privado. Nos últimos cinco anos, as escolas particulares ganharam 302 mil alunos por ano. No mesmo período, a participação do setor privado na educação básica passou de 13,9% para 17,2%. No ensino superior, o setor privado responde atualmente por 75% das matrículas, do total de sete milhões de alunos. Os números são de censos produzidos pelo Ministério da Educação.
Nota de apoio aos servidores públicos
O Sindicato dos Professores do Estado de Minas (Sinpro Minas) se solidariza com servidores públicos municipais de Belo Horizonte, que estão com suas atividades paralisadas desde o dia 6 de maio. A categoria reivindica 15% de reajuste salarial, aumento do vale-refeição para R$ 28, além de reivindicações específicas de cada área.
Aderiram ao movimento os profissionais da saúde, educação, administrações regionais, fiscalização e limpeza urbana. A Prefeitura de Belo Horizonte oferece reajuste salarial aos servidores municipais de apenas 5,56% (o que corresponde à inflação de 2013 – INPC), a partir de outubro, e um acréscimo de 5,88% no vale-alimentação, também a partir de outubro.
Os representantes dos servidores não aceitam essa proposta, pois a consideram muito distante da realidade, anunciada pela prefeitura, de valorização do funcionalismo municipal. O Sinpro considera que salário digno e melhores condições de trabalho são aspectos fundamentais para o desenvolvimento de qualquer atividade profissional e que esta luta é de todos os trabalhadores e cidadãos!
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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