Diante da notícia de que o UNI-BH vai fechar cursos nas áreas de Comunicação e Gestão no campus da rua Diamantina, estudantes e professores estão preocupados com o destino da comunidade acadêmica em 2016. De acordo com comunicado oficial no site da instituição de ensino, os cursos serão transferidos para outras unidades, com o objetivo de oferecer melhor infraestrutura para os alunos. A comunicação foi feita no último dia 2/12.
Conforme matéria publicada no site do jornal O Tempo, onze cursos serão afetados pelas medidas, sendo que Administração, Ciências Contábeis, Gestão de Recursos Humanos e Processos Gerenciais irão para o campus Cristiano Machado, já os cursos da área de Comunicação, tais como Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Produção Multimídia, Fotografia, Design, Design Gráfico e Eventos serão transferidos para o Estoril.
Depois que receberam a notícia, dezenas de estudantes ocuparam a unidade Diamantina, em protesto. A direção do Centro Universitário acionou a Polícia Militar para conter a manifestação pacífica. Na noite de quinta 03/12 e na manhã de sexta 4/12, os estudantes protestaram contra as mudanças, novamente, em frente à instituição.
Para a diretoria do Sindicato dos Professores de Minas Gerais, Sinpro Minas, a forma que a instituição de ensino trata os alunos reflete a falta de abertura para o diálogo e intransigência. Afinal, uma manifestação de estudantes não pode ser considerada um caso de polícia. Outra questão que deve ser ressaltada é a relação de consumo, pois os estudantes se matricularam para estudar em um local e só depois vieram a saber que teriam um deslocamento muito diferente. Essa postura demonstra uma total despreocupação com a vida dos estudantes e comprova o que o Sinpro Minas denuncia há muito tempo: a educação é tratada como mercadoria e os alunos como números a serem negociados em bolsas de valores. O sindicato é solidário aos estudantes e está à disposição para apoiar o movimento.
Em relação aos professores, segundo a vice-presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato, houve um descaso, uma vez que a atitude do UNI os atinge diretamente e eles nem sequer foram comunicados que devem reorganizar as suas vidas para o próximo ano. A diretoria do sindicato destaca que tem, inclusive, informações sobre o enfraquecimento das instituições democráticas internas da escola, uma vez que as eleições para colegiados de professores não aconteceram. “Os professores e os alunos foram traídos, pois, essa decisão foi comunicada quando as rematrículas já haviam sido feitas, ou seja, tudo ocorreu nos últimos dias do período letivo. Isso comprova a despreocupação dos grandes grupos financeiros com o processo pedagógico e com os seres humanos que nele estão envolvidos”.
O Sinpro Minas defende relações democráticas no processo educacional que, por suas vez, é essencial para a construção de um projeto de país mais justo e democrático. “O professor é construtor do seu fazer e deve ser respeitado como tal. Repudiamos veementemente esse tipo de atitude e estaremos atentos a qualquer afronta à dignidade e aos direitos dos professores e professoras”, defende Valéria Morato.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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