O impasse sobre a campanha reivindicatória 2016 dos professores do setor privado do Estado de Minas Gerais continua. O sindicato dos donos de escolas, na última reunião (19/04), continua sem definir o reajuste a ser repassado aos professores e sequer cogita pagar a correção inflacionária, patamar mínimo que os/as professores/as – em assembleia – aceitam para começar a negociar a campanha reivindicatória.
Lembramos que o reajuste no patamar inflacionário não significa aumento salarial, mas apenas recomposição das perdas ao longo do ano e qualquer reajuste abaixo disso é uma afronta à dignidade do trabalho dos/as professores/as.
Enquanto assistimos a boa parte das escolas com salas cheias e, nos cursos superiores, abarrotadas de alunos, e com reajuste das mensalidades bem acima da inflação – média de 13% – o sindicato patronal sequer nos dá o respeito de conversar sobre recomposição salarial, quiçá ganho real. Mas o Sinpro Minas e os/as professores/as reiteram que não negociam recomposição salarial com perdas.
Sem falar nos diversos pontos da nossa pauta, que foram negados, tais como: equiparação do piso da educação infantil, regulamentação do trabalho na Educação a Distância, equiparação do piso da educação superior do interior com a capital, dentre inúmeros avanços que representam o anseio da nossa categoria bem como a qualidade da educação – que necessariamente passa pela valorização do trabalhador/a.
Algumas escolas da cidade de Belo Horizonte, e seu entorno, já adiantaram cerca de 60% do índice inflacionário aos/às professores/as – INPC (Índice de Preços ao Consumidor). O que não chega sequer ao patamar de recompor as perdas da inflação e o poder de compra dos salários. Isso significa apenas que, com esse ínfimo reajuste, os donos de escolas querem agir no sentido de inibir a mobilização da categoria para possíveis paralisações que intentem chegar no ponto mínimo da nossa pauta de reivindicações, que é a recomposicão das perdas inflacionárias. Significa também colocar professor/a contra professsor/a, uma vez que alguns já receberam reajuste e outros não.
Outro acinte, por parte do patronal, que devemos ressaltar, é o descumprimento de cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que garante a entrada de diretores do Sinpro Minas no ambiente escolar para dialogar com os professores nos horários de intervalo e que muitas escolas têm negado esse acesso aos/às diretores/as do Sinpro Minas em flagrante descumprimento da CCT, ao não nos permitir comunicar com nossa categoria.
Nesse momento de ataques massivos à democracia brasileira e, consequentemente, aos direitos trabalhistas – a terceirização desmedida está em pauta e acelerada no Congresso Nacional e nos atingirá de forma cabal – devemos nos manter unidos. Somente a consciência e a unidade de classe nos farão avançar na nossa campanha reivindicatória e garantir a dignidade de trabalhadores/as do setor privado da educação de Minas Gerais.
Convocamos a todos/as para nossa assembleia dia 30 de abril, às 14 horas, no Sinpro Minas. Nessa assembleia discutiremos as táticas e os rumos da nossa mobilização.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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