Depois da notícia da compra da FMU pela Laureate, mais uma informação da imprensa econômica mostra o acirramento do processo de financeirização da educação superior no Brasil, contra o qual precisamos fortalecer ainda mais nossa luta. Trata-se da contratação, pela empresa do setor educacional Anima Educação S/A, dos bancos de investimento Itaú BBA e Bank of America Merrill Lynch para assessorá-la em uma oferta pública inicial de ações (IPO).
Segundo publicado no site da revista Exame, a Anima, fundada há dez anos e dona de três universidades em Belo Horizonte e Santos, pretende vender ações para “se capitalizar e crescer”. A reportagem afirma que a decisão da empresa “coincide com esforços de outras companhias do setor educacional de recorrer a investidores para expandir suas atividades e adquirir empresas rivais” e cita a Kroton Educacional e a Abril Educação como empresas que “buscaram investidores em meio às promessas da presidente Dilma Rousseff de trabalhar junto das empresas para ampliar a qualidade e a cobertura da educação privada no país”.
Paralelamente à divulgação da 15ª Nota Pública do Fórum Nacional de Educação (FNE), na qual, num ato inédito, estudantes, trabalhadores em educação e representantes do patronato da educação privada se uniram contra a formação de oligopólio no ensino superior brasileiro, a Contee apresentou ao FNE e suas entidades a solicitação para que seja incluída uma mesa de interesse na Conae/2014 sobre as fusões no ensino superior.
Uma discussão a propósito do Sistema Nacional de Educação (SNE) precisa necessariamente passar pela defesa da regulamentação da educação privada e pelo combate à financeirização, à desnacionalização e à oligopolização, cuja lógica contraria as funções que devem ser preenchidas pelos estabelecimentos de ensino e vai contra a defesa de uma nação que se construa a partir de investimentos em educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada.
Fonte: Contee
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