Alunos da Universidade Fumec entregaram quinta-feira abaixo-assinado ao Ministério Público Estadual (MPE), solicitando que o órgão investigue as supostas irregularidades na administração da instituição de ensino. Com a assinatura de 4 mil estudantes, quase um quarto do total de alunos, o documento foi entregue à Promotoria de Tutela de Fundações e reivindica, principalmente, auditoria externa para apurar a gestão das faculdades, a Fundação Mineira de Educação e Cultura, além da reitoria. Nesta sexta-feira, o promotor de justiça Marcelo Oliveira Costa vai se reunir com conselho de curadores da universidade para tentar resolver, de forma consensual, impasses que abalam a universidade.O centro da polêmica é a demissão, na semana passada, de dois professores da escola, o diretor-geral da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (FEA), Luiz de Lacerda Júnior, e o vice-presidente da fundação, Eduardo Mesquita. O argumento da fundação é de que ambos estariam atrapalhando as investigações de irregularidades, enquanto os professores se defendem com a justificativa de que estariam, pelo contrário, revelando falhas na gestão. Os estudantes exigem mais transparência da instituição de ensino e torcem pela volta de Lacerda e Mesquita. “Não temos nada de transparência hoje. A reitoria e a fundação sempre falam que documentos são sigilosos. Acreditamos que se o nosso pedido for atendido pelo MP, os professores provavelmente reintegrarão seus postos dentro da universidade”, afirma o estudante de engenharia civil Glauber Campos, integrante do Diretório Acadêmico (DA).
A polêmica envolvendo a direção da Fumec não é recente e a Promotoria Tutela de Fundações acompanha o caso desde o início. Em 2008, uma ação civil pública pediu o afastamento de sete dirigentes da universidade. Na época, o então presidente da Fumec, Emerson Tardieu Aguiar Pereira Júnior, cinco integrantes do Conselho de Curadores e diretores da Faculdade de Ciências Humanas foram acusados, pelo Ministério Público Estadual (MPE), de uma série de irregularidades administrativas, demissão de 41 professores, em 2007, por motivos políticos e intimidação e ameaça de alunos.
Segundo relatório da Promotoria de Tutela de Fundações, baseado em provas de exames periciais, feitos pelo Ministério Público, as irregularidades cometidas pelos dirigentes da Fumec afetavam de forma significativa o projeto pedagógico dos cursos oferecidos, além de acarretar danos ao patrimônio da instituição. Em carta, a Fumec justificou que “as demissões foram motivadas por necessidade premente da universidade de ajustamento do seu corpo docente às normas especificadas pelo Ministério da Educação e por outras autoridades administrativas gestoras do ensino superior”.Fonte: Estado de Minas – 17/9/2010
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O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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