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Alunos e ex-professores da Fumec denunciam perseguição política

16 de maio de 2008

Professores demitidos da Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec) e alunos da instituição apresentaram denúncias de perseguição política por parte dos dirigentes da universidade à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais nesta quinta-feira (15/5/08). Na fase do “pinga-fogo” da reunião, o ex-professor da Fumec e ex-presidente da universidade por quatro mandatos, Antônio Pereira dos Santos, disse que foi demitido sem justificativa, por telefone, e que hoje responde por cinco processos criminais e um processo cível por ter feito “críticas muitos ásperas” aos dirigentes da instituição.

O ex-professor dos cursos de Psicologia e Pedagogia explicou que cerca de cem demissões ocorreram no final de 2007 depois de uma auditoria feita na universidade que, segundo ele, é suspeita. “Formalizamos uma denúncia no Ministério Público (MP) contra a arbitrariedade das demissões”, acrescentou. Segundo ele, uma ação civil pública que pede intervenção na Fumec e afastamento dos curadores está tramitando no MP e deve ser julgada na próxima semana. “O relatório da auditoria feriu a honra pessoal e profissional dos professores”, afirmou a ex-professora da Fumec, Renata Guerra.

Outro ex-professor da fundação, Getúlio Neuremberg, acrescentou que a Fumec alegou que as demissões ocorreram para atender a uma determinação do MEC de que 30% do corpo docente seja formado por mestres e doutores com 40 horas semanais de dedicação. “Eles justificam que precisavam reformular o quadro de professores, mas entre os demitidos havia mestres e doutores”, afirmou.

Alunos se queixam de intimidaçãoAs atitudes de intimidação sofridas pelos alunos foram relatadas pelos presidente e vice-presidente do Diretório Acadêmico (DA) de Comunicação Social, Lucas de Mendonça Morais e Júlio César Cardoso. Júlio, que também responde a queixa-crime movida pela Fumec e pelo presidente do Conselho Curador, Emerson Tardieu, disse que foi feito um cordão de isolamento policial em frente à reitoria para impedir que os estudantes participassem de uma reunião do Conselho Universitário. Ele afirmou ainda que, no processo aberto contra ele, as notas taquigráficas da audiência pública ocorrida na ALMG em abril foram usadas como prova de acusação. Lucas Morais também citou outros episódios de intimidação, como a instalação de câmera em frente ao DA e a voz de prisão dada aos alunos que fizeram uma manifestação na diretoria da Fumec.

O deputado Luiz Tadeu Leite (PMDB), que presidiu a reunião, sugeriu a realização de uma outra audiência sobre o assunto, reunindo professores, alunos, dirigentes e o Ministério Público para buscar novos entendimentos. Ele também disse que apresentará requerimento para o envio das notas taquigráficas da reunião desta quinta (15) para o Ministério Público.Fonte: ALMG

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