Com R$ 1 bilhão em caixa, a Anhanguera é uma das instituições de ensino mais cotadas para puxar a retomada da consolidação do setor de educação que deve acontecer em 2011. Nos últimos dois anos, o grupo qeducacional só promoveu uma compra, a carioca Plínio Leite, mês passado.
A escassez de negócios não foi um fenômeno isolado da Anhanguera e sim de quase todo o setor, que promoveu grandes transações entre 2007 e 2008 e deve voltar às compras com força neste ano.
A Anhanguera, líder do segmento com cerca de 300 mil alunos, quer praticamente dobrar o número de campi, que terão capacidade para atender meio milhão de estudantes, até o final do próximo ano. A meta é crescer dos atuais 54 campi para 100, espalhados em todo o país e com isso deixar de ser uma instituição basicamente paulista. Dos 46 campi novos, 80% serão provenientes de aquisições – o que mostra o apetite da companhia.
A expansão nacional é um dos três pilares de crescimento planejados pela Anhanguera para os próximos cinco anos. A companhia tem a seu favor o caixa de R$ 1 bilhão. Desse montante, R$ 844 milhões foram captados em dezembro via oferta de ações.
Outra forte aposta da Anhanguera é a tecnologia – área em que a empresa tem planos ambiciosos. Voltado para o público popular, o grupo educacional quer que seu conteúdo acadêmico chegue aos alunos não apenas pelos livros, mas também por meio de computadores, celulares, tablets e outros apetrechos tecnológicos.
Não à toa, a empresa contratou em setembro para o novo cargo de CEO o ex-presidente do Google no Brasil, Alexandre Dias. Ele tem a missão de fazer com que a Anhanguera se diferencie das concorrentes pela sua plataforma tecnológica. “Com uma plataforma tecnológica avançada, poderemos ter um volume maior de alunos e atuar em outros segmentos”, afirmou Dias.
O terceiro pilar do plano de crescimento também está relacionado à tecnologia, com foco no ensino à distância. A meta é aumentar a fatia dos cursos de pós-graduação, livres e profissionalizantes na receita, que hoje é de 20%. Atualmente, a principal fonte de faturamento, que nos últimos nove meses somou R$ 1,1 bilhão, é a graduação. A meta é que em cinco anos essa fatia salte para 50%. “Isso será possível porque os cursos de pós-graduação, profissionalizantes e os livres têm mais demanda por ensino à distância, que exigem plataforma tecnológica de ponta”, disse Dias.
Dias trocou o Google, com sede nos Estados Unidos, pela Anhanguera há quatro meses. Atraiu-o a possibilidade de poder participar mais diretamente das decisões da empresa, algo difícil em multinacionais de tecnologia, em que as estratégias são praticamente todas definidas pela matriz.
Na Anhanguera, a parte estratégica – que envolve aquisições e assuntos acadêmicos e regulatórios – ainda está nas mãos do fundador da Anhanguera, o professor Antonio Carbonari, que é o presidente do conselho e toca a empresa na sede em Valinhos, no interior de São Paulo. No ano passado, Carbonari dividiu seu tempo com a vida política ao candidatar-se a suplente do ex-senador Romeu Tuma, que morreu em outubro.
Apesar dos recursos fartos, o professor Carbonari tem um desafio complexo a enfrentar: a qualidade do ensino do seu grupo educacional. Segundo o último dados do Ministério da Educação, divulgado na semana passada, a maioria das faculdades da Anhanguera teve notas entre 2 e 3. As faculdades com nota 2 passam a ser supervisionadas pelo MEC, com risco de sanção se não melhoraram a pontuação, que vai de 1 até 5.
Perguntado sobre o assunto, Dias rebate alegando que as faculdades privadas voltadas para as classes de menor poder aquisitivo transformaram o setor. “Esse é um tema bem questionável. Houve um ganho de qualidade porque a classe C pôde ingressar no ensino superior, algo impensável há cinco anos”, disse o executivo.Fonte: Valor Econômico
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