Ao contrário do que vozes pessimistas analisam como uma decadência do grupo Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), especialistas apontam que na sexta cúpula, a iniciar-se nesta terça-feira (15), em Fortaleza (CE), os líderes dos cinco países vão discutir um projeto com vista ao desenvolvimento inclusivo e sustentável. Analistas calculam ainda que o agrupamento desempenhará um maior papel de liderança no cenário internacional.
Líderes do Brics na última cúpula, em Durban, África do Sul, em março de 2013. O pesquisador da Universidade Fudan da China, Fan Yongming, disse que os países do Brics são firmes defensores do sistema internacional e também ativos impulsionadores de reformas profundas. Para Fan, os cinco países são importantes para que a economia mundial obtenha uma ordem mais justa e razoável.
O especialista chinês das questões para o Brasil, Sun Yanfeng, apontou que o desenvolvimento inclusivo proposto pela cúpula dos Brics é um resumo para o desenvolvimento equilibrado do Brasil nos últimos doze anos.
Segundo Huang Wei, pesquisadora do Instituto de Estudos da Economia e Política Mundial da Academia de Ciências Sociais da China, os países do Brics devem ampliar o mercado e a demanda, para substituir a dependência dos países desenvolvidos no passado, e promover o crescimento econômico através da inovação científica e tecnológica, para formar sua concorrência essencial.
O professor catedrático do Centro de Estudos do Brics do Brasil, Paulo Roberto de Almeida, considera que os países do Brics devem fixar mecanismos sobre alguns trabalhos concretos, como por exemplo, a conferência ministerial periódica. “As cooperações entre países do Brics têm que incluir trabalhos concretos, e um bom exemplo é a criação do Banco de Desenvolvimento do Brics,” disse Paulo Roberto de Almeida.
Debates de líderes
A discussão da sexta cúpula será orientada pelo tema “Crescimento inclusivo: soluções sustentáveis”, de acordo com o portal oficial do evento. A reunião, que acontecerá em Fortaleza e depois em Brasília, na quarta-feira (16), dará início ao segundo ciclo do Brics, após cada país membro ter sediado uma reunião de líderes.
Entre outros temas, os mandatários do Brics deliberarão sobre o Arranjo Contingente de Reservas (CRA) e sobre o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD). O CRA constitui linha de defesa adicional para os países do BRICS em cenários de dificuldades de Balanço de Pagamentos. O NBD financiará projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável.
Em Brasília ocorrerá reunião de trabalho entre os mandatários dos Brics e Chefes de Estado e de Governo da América do Sul, um diálogo inserido na prioridade concedida aos países em desenvolvimento.
Ainda nesta segunda-feira (14), em Fortaleza, acontece a reunião dos ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais, a reunião dos ministros do Comércio, a reunião de presidentes de Bancos de Desenvolvimento Nacional, Foro Empresarial e encontro do Conselho Empresarial do Brics.
Mais informações sobre a programação podem ser acessadas no portal lançado pelo Itamaraty. O Portal Vermelho acompanhará a Cúpula do Brics em Fortaleza e em Brasília.
Da Redação do Vermelho,Com informações do Itamaraty e da Rádio China Internacional
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