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Antes da 6ª Cúpula do Brics, analistas preveem maior liderança global

14 de julho de 2014

Ao contrário do que vozes pessimistas analisam como uma decadência do grupo Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), especialistas apontam que na sexta cúpula, a iniciar-se nesta terça-feira (15), em Fortaleza (CE), os líderes dos cinco países vão discutir um projeto com vista ao desenvolvimento inclusivo e sustentável. Analistas calculam ainda que o agrupamento desempenhará um maior papel de liderança no cenário internacional.

 Líderes do Brics na última cúpula, em Durban, África do Sul, em março de 2013. O pesquisador da Universidade Fudan da China, Fan Yongming, disse que os países do Brics são firmes defensores do sistema internacional e também ativos impulsionadores de reformas profundas. Para Fan, os cinco países são importantes para que a economia mundial obtenha uma ordem mais justa e razoável.

O especialista chinês das questões para o Brasil, Sun Yanfeng, apontou que o desenvolvimento inclusivo proposto pela cúpula dos Brics é um resumo para o desenvolvimento equilibrado do Brasil nos últimos doze anos.

Segundo Huang Wei, pesquisadora do Instituto de Estudos da Economia e Política Mundial da Academia de Ciências Sociais da China, os países do Brics devem ampliar o mercado e a demanda, para substituir a dependência dos países desenvolvidos no passado, e promover o crescimento econômico através da inovação científica e tecnológica, para formar sua concorrência essencial.

O professor catedrático do Centro de Estudos do Brics do Brasil, Paulo Roberto de Almeida, considera que os países do Brics devem fixar mecanismos sobre alguns trabalhos concretos, como por exemplo, a conferência ministerial periódica. “As cooperações entre países do Brics têm que incluir trabalhos concretos, e um bom exemplo é a criação do Banco de Desenvolvimento do Brics,” disse Paulo Roberto de Almeida.

Debates de líderes

A discussão da sexta cúpula será orientada pelo tema “Crescimento inclusivo: soluções sustentáveis”, de acordo com o portal oficial do evento. A reunião, que acontecerá em Fortaleza e depois em Brasília, na quarta-feira (16), dará início ao segundo ciclo do Brics, após cada país membro ter sediado uma reunião de líderes.

Entre outros temas, os mandatários do Brics deliberarão sobre o Arranjo Contingente de Reservas (CRA) e sobre o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD). O CRA constitui linha de defesa adicional para os países do BRICS em cenários de dificuldades de Balanço de Pagamentos. O NBD financiará projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável.

Em Brasília ocorrerá reunião de trabalho entre os mandatários dos Brics e Chefes de Estado e de Governo da América do Sul, um diálogo inserido na prioridade concedida aos países em desenvolvimento.

Ainda nesta segunda-feira (14), em Fortaleza, acontece a reunião dos ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais, a reunião dos ministros do Comércio, a reunião de presidentes de Bancos de Desenvolvimento Nacional, Foro Empresarial e encontro do Conselho Empresarial do Brics.

Mais informações sobre a programação podem ser acessadas no portal lançado pelo Itamaraty. O Portal Vermelho acompanhará a Cúpula do Brics em Fortaleza e em Brasília.

Da Redação do Vermelho,Com informações do Itamaraty e da Rádio China Internacional

 

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