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Apesar de ganhos reais, pisos de categorias se aproximaram do salário mínimo, diz Dieese

22 de maio de 2009

Os pisos salariais se aproximaram do valor do salário minimo nacional, em 2008, apontou o Balanço dos pisos salariais divulgado hoje (22) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa tendência, visível em todos os setores da economia, ocorre principalmente entre as categorias de remuneração mais baixa.

Segundo o técnico do Dieese Luís Ribeiro, os valores das remunerações se aproximam devido a uma “política de Estado de valorização do salário mínimo”. Desse modo, mesmo que as negociações entre sindicatos e patrões tenham conseguido incorporar ganhos acima da inflação para as categorias, os aumentos percentuais não superam os reajustes do salário mínimo.

“Pode se ter a falsa impressão de que os pisos estão perdendo valor, mas os pisos salariais têm sido reajustados muito acima da inflação”, destacou Ribeiro. O último reajuste do mínimo, de 12,1%, foi em fevereiro deste ano, quando o valor passou de R$ 415 para R$ 465. O ganho real, descontado a inflação no período, equivale a 5,8%.

Os dados do estudo indicam que 56% dos 628 pisos avaliados equivalem a, no máximo, 1,25 salário mínimo e 77% não ultrapassam o valor de um salário e meio. Apenas 2,3% dos pisos superam a quantia de dois salários e meio.

Em relação ao nível educacional, a remuneração para as profissões com exigência de nível superior é em média 2,17 vezes superior as que não necessitam dessa qualificação.

Na comparação dos tipos de atividade, o meio rural é o que apresenta a maior concentração de pisos com valores baixos: cerca de 88% dos pisos situeam-se entre um e 1,25 salário mínimo, seguido pelo comércio, com 62% das remunerações dentro dessa faixa. Na comparação geral, 56,2% das remunerações chegam ao máximo de 1,25 salário.

Pelo recorte da faixa superior a dois salários mínimos, o ramo de serviços possuí o maior número de pisos, 9,3%. Na comparação de todos os setores, 5,1% dos pisos ultrapassam esse valor.

A indústria foi o setor que apresentou o maior concentração de pisos nas faixas centrais de avaliação, de 1,26 até dois salários, com 43,8% das remunerações nessa classificação, contra 38% na avaliação geral.

Fonte: Agência Brasil 

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