Ao todo, 93% dos docentes da rede pública aderiram à greve; paralisação começou com ato no centro de Buenos Aires
Por Brasil de Fato
Os professores da rede pública da Argentina realizam uma greve de 72 horas contra as os cortes no orçamento no setor educacional aplicados pelo presidente do país, Mauricio Macri. A paralisação iniciou nessa quarta-feira (6) e está prevista para encerrar na sexta (8), porém poderá ser decidida a sua continuidade por tempo indeterminado.
Segundo a Confederação de Trabalhadores da Educação (Ctera), a adesão à paralisação foi de 93% em nível nacional e de 90% na província de Buenos Aires. Além de criticar as políticas implementadas por Macri, os docentes pedem aumento salarial.
“Determinamos uma greve de 72 horas em rejeição à proposta feita pelo governo, não reconhecendo o que perdemos no ano passado. Primeiro ofereceram 15%, depois 32% e a inflação foi de 47,6%”, informou à Agência EFE a secretária-geral da Docentes Argentinos Confederados (DAC), Mirta Petrocini.
O primeiro dia de paralisação começou com uma manifestação no centro de Buenos Aires em direção à Praça de Maio, onde diversos sindicatos discursaram para os milhares de professores presentes no ato. As agremiações sindicais afirmam que não garantem que as aulas retornem na próxima semana, uma vez que as reivindicações ainda não foram atendidas.
Ainda segundo Petrocini, foram convocadas “mesas de negociação para poder destravar esse conflito. Não começar as aulas é muito triste e muito preocupante para todos, mas o governo tem a responsabilidade de garantir a educação pública”.
Outra pauta do movimento é a melhoria na infraestrutura das escolas do país, que, segundo os docentes, não oferecem condições de receber os alunos. Além disso, algumas aulas seriam iniciadas em escolas que ainda estão em obras.
O secretário-geral do Sindicato Unificado de Trabalhadores da Educação de Buenos Aires, Roberto Baradel, parabenizou o número de profissionais que decidiram participar da greve. “A adesão foi maciça, contundente, 93% em nível nacional, apesar das ameaças e da intimidação que os ministros levaram adiante”, afirmou em entrevista para a imprensa local.
Novas manifestações, localizadas principalmente em Buenos Aires, estão marcadas para acontecer nos próximos dias. A paralisação não inclui escolas do setor privado.
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O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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