Milhares de pessoas se uniram em defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma em mobilizações de rua em mais de 15 cidades por todo o país. As manifestações que reuniram movimentos populares, entidades sindicais e organizações estudantis e da juventude tiveram como pauta central também a exigência de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja cassado e saia da presidência da Câmara dos Deputados. Entre os próprios movimentos se avalia que a articulação representa a maior unidade de forças progressistas desde a década de 1990.
O ato em Belo Horizonte reuniu cerca de 20 mil pessoas, segundo os organizadores. O Sinpro Minas esteve presente nas manifestações em BH e em algumas cidades mineiras. De acordo com o diretor de Comunicação do Sinpro Minas, Aerton Silva, as manifestações em todo o Brasil mostraram que parte da população não se deixa enganar pela grande mídia e pelo discurso dos golpistas.
“Quando as pessoas percebem que as pedaladas fiscais não são crime de responsabilidade, que os que apoiam o impeachment tentam, com isso, impedir que o governo continue investigações que poderão colocá-los na cadeia, aí então, entendem que há um golpe em andamento e uma das formas de impedir que isso ocorra é ir para as ruas e defender o Estado Democrático de Direito e não apenas o governo Dilma. Lutar pela democracia é algo muito maior que gostar ou não de um governante, é perceber que isso é fundamental para que o país continue avançando”, destacou Aerton Silva.
“O pedido de impeachment não tem nenhuma base legal e por isso é caracterizado como golpe. Não há nenhuma comprovação de que a presidenta Dilma tenha cometido qualquer crime de responsabilidade. Defenderemos o regime democrático e o voto da maioria, com todas as nossas forças”, afirmaram Valéria Morato e Clarice Barreto, diretoras do Sinpro Minas, em artigo divulgado pelo Sinpro Minas.
O encerramento do ato na capital mineira foi na Praça da Estação e teve uma intervenção final exigindo a saída de Eduardo Cunha. Gabriel Guedes, filho de Beto Guedes, se apresentou no local cantando “Apesar de Você” de Chico Buarque.
“Impeachment sem base legal é um golpe à democracia”
Em São Paulo, o ato em defesa da estabilidade democrática reuniu mais de 55 mil pessoas nas ruas, segundo o Datafolha. “Impeachment sem base legal é um golpe à democracia”, disse Carina Vitral, presidenta da União Estadual dos Estudantes (UNE) em São Paulo.
“Nós tivemos 500 anos de latifúndio, 400 anos de escravidão, por isso, quem tem que pagar pela crise é a elite. Hoje, aqui, espero que seja um marco definitivo, é hora de colocar uma pá de cal no impeachment, porque o Brasil tem muito mais coisas pra fazer”, afirma Gilmar Mauro, membro da coordenação nacional do MST no ato realizado na Avenida Paulista.
“Defender o mandato de Dilma é defender a democracia, o voto popular e o resultado das eleições de 2014. Contudo, a política econômica não nos representa, não é o projeto que elegemos. Então dizemos: ‘Dilma, defendemos seu mandato mas dê uma guinada para a esquerda'”, disse Wilma dos Reis, da Marcha Mundial de Mulheres (MMM), em ato realizado no Distrito Federal.
Na capital baiana, cerca de 15 mil pessoas denunciaram a ofensiva conservadora dos setores de direita. A marcha percorreu as principais avenidas da cidade em direção à Praça Castro Alves, onde foi realizado um ato que apontou a retomada de uma política econômica que aprofunde o legado das conquistas da classe trabalhadora.
Na capital gaúcha, uma intervenção dos manifestantes lembrou dólares depositados em contas na Suíça em nome de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e alguns de seus familiares.
“A juventude do campo e da cidade está na rua para derrubar o Cunha, que é inimigo número um do povo brasileiro. Afrontando os direitos da juventude e das mulheres”, afirmou Jéssica de Silva, representante do Levante Popular e da Via Campesina, em ato em Porto Alegre.
Primeira mulher eleita democraticamente
“Se oposição privatista, retrógrada e contra os direitos dos trabalhadores quer tomar conta do poder, que vá às eleições, que debata com a sociedade. Enquanto tivermos voz, não permitiremos que nenhum grupo realize um golpe contra nossas instituições e nossa democracia […] não vamos deixar tirarem do poder a primeira mulher eleita democraticamente”, disse a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em coletiva realizada na manhã do dia 16, no Salão Verde da Câmara dos Deputados, em Brasília – Distrito Federal.
Com informações do Brasil de Fato
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