Em assembleia realizada no dia 24/03, os professores rejeitaram a proposta feita pelo sindicato patronal (Sinep/MG) que ofereceu um reajuste de 7%, para a reivindicação em torno de 14%.
A assembleia autorizou o Sinpro Minas a negociar uma contraproposta de reajuste salarial de 12% – que contempla o aumento real de salário –, desde que sejam discutidos os outros itens da pauta (regulamentação da EaD; seguro de vida e equiparação salarial do piso do ensino infantil com os do fundamental, médio e EJA, pendentes desde a última campanha reivindicatória, quando os professores fizeram uma greve de nove dias.
No dia 3 de abril foi realizada uma reunião de negociação com o sindicato patronal, mas, nenhuma nova proposta foi apresentada pelos donos de escolas. Haverá uma nova reunião no dia 12 de abril.
Se não houver avanços nas negociações, os professores cogitam parar novamente para que as reivindicações sejam atendidas. No dia 14 de abril, está marcada uma assembleia com indicativo de greve, na sede do Sindicato dos Professores, às 10 horas, para definir o rumo do movimento.
É muito importante que os professores conversem com os colegas e preparem a mobilização em cada escola, pois além da valorização por meio do aumento real e a valorização da categoria, nesta campanha, está em jogo a situação dos professores da educação infantil que ganham por hora/aula R$ 7,73, menos do que o valor pago por uma hora de estacionamento. A assembleia geral de donos de escolas não aprovou um reajuste maior para esse segmento, proposto pela própria comissão de negociação patronal na última reunião com o Sinpro Minas.
A proposta de reajuste representaria alguns centavos a mais no valor da hora-aula dos(as) professores(as) do infantil, mas nem migalhas eles se dispuseram a oferecer. “Anteriormente não havia distinção entre os pisos salariais da categoria, temos que exigir a recuperação dos salários dos professores do segmento infantil”, afirmou o Newton de Souza, diretor do Sinpro Minas. Ele lembra que nas últimas campanhas reivindicatórias os professores seguem a trajetória de recusar a retirada de direitos. Houve a campanha do “Nenhum direito a menos”, depois “Agora é hora de avançar” e, nesse momento, “Valorização começa com ganho real”, portanto, segundo ele, os professores não podem retroceder e precisam estar preparados para dar continuidade ao movimento realizado em 2011.
Em 2012, os professores também não abrem mão do aumento real, uma vez que as escolas particulares reajustaram as mensalidades acima da inflação. Conforme pesquisa do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, as mensalidades escolares em Belo Horizonte aumentaram entre 10% e 13%.
Para o Sinpro Minas, o cenário econômico é positivo, e as escolas têm condições de atender a reivindicação, valorizando os professores para melhorar a qualidade da educação. “As escolas privadas vêm acumulando lucros, com o aumento das mensalidades acima da inflação, e também passam por um processo de expansão do número de alunos”, afirma Gilson Reis.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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