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Avanços marcaram a gestão 2009/2011 do Sinpro Minas

18 de outubro de 2011

A gestão 2009/2011 do Sinpro Minas foi conduzida de forma democrática e superou desafios propostos pelos professores e pela entidade, com avanços políticos e estruturais. Em entrevista, o presidente do sindicato, Gilson Reis (foto), falou sobre a trajetória da última gestão e os desafios para o próximo período. Quais foram os principais avanços desta gestão que se encerra no final deste ano?Nesse período, a luta pela valorização dos trabalhadores em educação foi constante em todas as frentes de atuação do sindicato. Em alguns casos, foi necessário paralisar as atividades docentes, como nos movimentos grevistas de 2010 e 2011, que resultaram em conquistas, com ganhos econômicos e manutenção dos direitos dos professores da rede privada. A principal vitória desses movimentos foi a demonstração de força do Sinpro Minas e da categoria.  Mostramos aos donos de escolas e ao sindicato patronal que os docentes não se sujeitarão às imposições do capital financeiro e das escolas. Além disso, tivemos, nessas greves, um ganho incalculável em termos de conscientização, mobilização e organização dos professores. Em um futuro próximo, vamos avançar ainda mais na luta por novos direitos, sem perder nenhuma conquista. 

No cenário sindical, o Sinpro Minas participou da construção do Plano Decenal de Educação de Minas Gerais. Também foi protagonista nas etapas regionais e na Conferência Nacional de Educação (Conae). E agora luta pela instituição de um Plano Nacional de Educação que permita o aumento da qualidade no setor educacional do país, inclusive com a regulamentação do setor privado de ensino.    Conseguimos atuar em todo o estado de Minas Gerais, promovendo a assinatura de Convenções Coletivas, com exceção apenas do Norte de Minas, onde os donos de escolas insistem em retirar conquistas, o que não iremos permitir em hipótese alguma. Denunciamos a violência nas escolas, com diversas medidas de proteção aos professores e pela cultura de paz no ambiente escolar. Primeiro, lançamos o disque-denúncia, após fazermos uma pesquisa sobre o assunto. Neste semestre, entramos em uma nova etapa da campanha pela paz nas escolas, divulgando as peças publicitárias criadas pela Agência Pro Brasil Propaganda. A saúde do professor também foi uma pauta permanente do sindicato.  Também avançamos de maneira significativa na área da comunicação com a categoria e a sociedade. As ferramentas foram ampliadas para que as conquistas cheguem ao conhecimento do professor e o estimule a fortalecer a luta por melhores condições de trabalho e por uma educação de qualidade. Atuações nos setores do meio ambiente e da cultura também puderam ser notadas com frequência. De maneira que, na nossa avaliação, o balanço é extremamente positivo e o Sindicato dos Professores passa a ser, a cada dia, uma referência na luta das demais categorias aqui em Minas Gerais e no Brasil. Quais serão as principais frentes de trabalho da próxima gestão?Com chapa única, que será submetida ao crivo da categoria na eleição de novembro (entre os dias 21 e 25), a nova direção do Sinpro Minas será renovada em cerca de 50%. O resgate da autonomia do professor dentro da escola, a luta contra a mercantilização do ensino e por melhores salários e condições de trabalho e a ampliação das ações de combate à violência e de proteção à saúde dos docentes estão entre as principais metas para o próximo período. As escolas particulares ainda são muito fechadas. Possuem estatutos e regimentos que não favorecem ou restringem a participação. O aumento da democracia dentro das instituições de ensino pode proporcionar a construção de uma educação libertadora e participativa e trazer mais qualidade para a educação e para a vida do professor.  Também figurará entre as nossas prioridades o reordenamento do movimento sindical. Devemos retomar um processo de luta e mobilização que envolva todos os setores da sociedade. Mas isso não poderá ser feito com apenas um sindicato. A participação do conjunto dos trabalhadores é de extrema importância. Para enfrentar momentos críticos é preciso uma unidade muito maior entre os trabalhadores. A crise financeira mundial, por exemplo, tem sido resolvida com a flexibilização dos direitos trabalhistas, o que é prejudicial a todos os trabalhadores. Outro ponto importante na nossa atuação será o acompanhamento das questões relacionadas à educação pública. O sindicato apoia as reivindicações dos trabalhadores do setor, tais como o estabelecimento de um piso nacional, planos de carreira e, consequentemente, a valorização dos profissionais. Entendemos que o avanço da educação pública também eleva o patamar do ensino privado e traz reflexos positivos para todos os docentes e para a sociedade.    Todos esses fatores de luta nos levam a crer que cada vez mais é necessário manter o sindicato organizado, mobilizado e na luta pela conquista de direitos, mas também, fundamentalmente, resgatar a dignidade da nossa profissão e da nossa categoria. Devemos combater não só a mercantilização, mas também a queda da qualidade na educação privada, principalmente no ensino superior. Essas devem ser as nossas bandeiras principais para a próxima gestão.

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