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Brasil avança em desenvolvimento social

5 de novembro de 2010

Brasil fica em 73º em ranking de desenvolvimento social da ONU

Paula Laboissière e Vitor AbdalaRepórteres da Agência Brasil

Brasília e Rio de Janeiro – O Brasil ocupa a 73ª colocação no ranking
do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado hoje (4) pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O índice de
0,699, de acordo com o órgão, situa o país entre as nações de alto
desenvolvimento humano e supera ainda a média mundial, de 0,624.

Ao
todo, 169 países foram pesquisados. O resultado brasileiro se aproxima
do IDH registrado para toda a América Latina e o Caribe, de 0,704. O
índice varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1, maior o nível de
desenvolvimento humano.

O país ficou em 11º lugar na América
Latina e em quinto lugar na América do Sul, atrás do Chile (0,783), da
Argentina (0,775), do Uruguai (0,765) e Peru (0,723). Entre os países do
Bric, o Brasil ficou atrás da Rússia (que ficou em 65º lugar, com
0,719) e à frente da China (89º, com 0,663) e Índia (119º, com 0,519).

O
Pnud destacou que a metodologia utilizada na formulação do IDH este ano
sofreu alterações e que os números divulgados não podem ser comparados
aos anteriores. O órgão, entretanto, recalculou o IDH brasileiro em 2009
com base na nova metodologia e apontou uma evolução de quatro posições
no ranking.

Com base em novos cálculos, o índice
brasileiro apresentou um ganho de 7,6% desde 1980. O progresso foi mais
rápido do que o latino-americano (6,6%) e mais lento do que o global
(9,3%). De 2005 para cá, a alta foi de 3,1% e, de 2009 para 2010, de
0,8%.

A lista do IDH em 2010 é liderada pela Noruega (0,938),
seguida pela Austrália (0,937), Nova Zelândia (0,907), pelos Estados
Unidos (0,902) e pela Irlanda (0,895). As últimas posições são ocupadas
por Moçambique (0,284), Burundi (0,282), Níger (0,261), pelo República
Democrática do Congo (0,239) e pelo Zimbábue (0,140).

O Brasil
ficou acima da Geórgia (0,698), da Venezuela (0,696), da Armênia (0,695)
e do Equador (0,695), e abaixo das Ilhas Maurício (0,701), da Macedônia
(0,701), do Irã (0,702), da Ucrânia (0,710) e da Bósnia-Herzegovina
(0,710).

O IDH engloba três aspectos considerados essenciais pelo
Pnud para o desenvolvimento humano: o conhecimento (medido por
indicadores de educação), a saúde (medida pela longevidade) e o padrão
de vida digno (medido pela renda). O progresso, segundo o órgão, deve
ser mensurado não apenas pelo crescimento econômico, mas também por
conquistas em saúde e educação.

Na última década, a expectativa de
vida dos brasileiros aumentou 2,7 anos, enquanto a média de
escolaridade cresceu 1,7 ano e os anos de escolaridade esperada recuaram
em 0,8 ano. A renda nacional bruta do país teve alta de 27% no período.

O
Pnud também divulgou um Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que
avalia privações nas áreas de saúde, educação e padrão de vida. O Brasil
ficou com 0,039, o mesmo índice da Turquia. Segundo o relatório
divulgado hoje, o país tem 8,5% dos brasileiros vivendo nesse tipo de
pobreza.

Além disso, segundo Pnud, 13,1% dos brasileiros estão em
risco de entrar nessa condição. O país registra ainda 20,2% dos
habitantes com pelo menos uma grave privação em educação. No caso da
saúde, esse índice é de 5,2%, e, do padrão de vida, de 2,8%.

Edição: Juliana Andrade // A matéria foi ampliada

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