Neste final de semana, será realizado em Brasília o Congresso Nacional do Movimento Negro Unificado (MNU) com a participação de mais de 200 lideranças, representantes do MNU, de 11 estados e do Distrito Federal.
Com o tema “Rumo aos 40 anos de empoderamento de negras e negros – Lélia é nossa!”, o grande desafio do MNU, maior entidade de defesa e empoderamento do povo negro da América Latina, será construir, durante o Congresso, novas estratégias para enfrentar as desigualdades raciais, o racismo e a violência vivenciados, diariamente, pelas negras e negros brasileiros.
De acordo com a liderança sindical José Carlos (Sindieletro), é grande a expectativa do Congresso quando serão discutidos temas como o atual cenário político, no qual o governo investe em reformas prejudiciais aos trabalhadores e, em especial, às mulheres e, sobretudo, às mulheres negras. “São inúmeros e constantes ataques aos direitos do povo negro como o desrespeito à religião, ao direito à terra e a toda cultura. No Brasil, o racismo e a violência deixam o saldo de 30 mil jovens negros exterminados por ano. Além disso, estamos aquém também no mercado de trabalho. É preciso buscar energia para este enfrentamento onde todos e todas devem se unir”, afirma.
Confira as entrevistas para a Rádio Sinpro Minas, com José Carlos e Ângela Gomes:
https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/sinpro-participa-do-congresso-nacional-do-movimento-negro-unificado
Sinpro na luta
O Sinpro Minas participa do Congresso, por meio da diretora Ângela Gomes que é também coordenadora nacional do MNU para assuntos internacionais.
Segundo ela, o MNU é a maior organização negra da América Latina que luta pelo empoderamento dos negros e faz o enfrentamento ao racismo seja no Brasil ou internacional. “São 40 anos de luta contra as amarras impostas por este modelo racista e capitalista que atua diretamente na violação dos direitos dos trabalhadores”, afirma
Ângela Gomes explica que é fundamental o Sinpro participar deste Congresso principalmente, neste momento, em que vivemos uma retirada geral de direitos do povo brasileiro. “A unificação das forças nesta luta é essencial. Além disso, a sala de aula, no Brasil, ainda é um espaço onde se reproduz lições de violações de direitos (racismo, machismo, homofobia etc) mas, ao mesmo tempo, os professores são os que tem possibilidade de construir outro olhar para além desse eurocentrismo”, destaca.
Ela ressalta que a unificação ganha sentido principalmente porque o conteúdo que reproduz preconceito quando vai para as ruas se transforma em genocídio. “São 30 mil vidas de jovens exterminadas por ano. Tivemos um grande aumento de assassinato de mulheres negras. Com a lei Maria de Penha, o Brasil reduziu em 22 % o feminicídio de mulheres brancas, mas aumentou em 54% de mulheres negras. Então, a gente precisa enfrentar. Assim como precisamos enfrentar este governo golpista que eliminou mulheres e negras do seu escalão e vem atendendo às elites brancas deste país. A gente só vai conseguir retomar nosso direitos com a unidade. O movimento negro é a representação das novas organização de enfrentamento ao racismo seja ele onde for”, afirma.
O evento tem ainda o objetivo de eleger a nova coordenação nacional do MNU, discutir as comemorações dos 40 anos da entidade, que serão completados em 2018, debater estratégias para fortalecer o MNU e ampliar a atuação da organização junto aos movimentos sociais, tanto nacionais quanto internacionais, entre outros temas.
Serviço
XVIII Congresso Nacional do Movimento Negro Unificado
Tema: MNU rumo aos 40 anos de empoderamento de negras e negros- Lélia é nossa!”
Data: 27 a 29 de outubro
Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Brasília
Objetivos: 1) eleger a nova Coordenação Nacional; 2) preparar a entidade e sua militância para os 40 Anos do MNU em 2018; 3) fortalecer o MNU como instrumento de luta do Povo Negro contra todas as formas de discriminação; 4) ampliar e fortalecer a relação do MNU com os movimentos sociais, tanto nacionais quanto internacionais; Atualizar o Plano de Lutas do MNU; 5) analisar a conjuntura do país; 6) debater a Década Internacional dos Afrodescendentes 2015-2024; o XVIII ConMNU será o momento de organização, formulação e fortalecimento do legado de Zumbi, de Dandara, de Lélia Gonzalez, e de Luiza Bairros.
Programação
27/10 – 19h30 – Abertura Política
28/10 – 9h às 18h – GTs Eixos Temáticos Sindicalistas, Mulheres, Religiosidade, LGBT e Juventude para a elaboração do Plano de Lutas
29/10 – 9h – Plenária Final e Eleição da Coordenação Nacional do MNU – 2017 a 2020
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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