A campanha reivindicatória de 2011 dos professores do setor privado de ensino ocorre num cenário econômico bastante favorável. De acordo com projeções do Banco Central, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai continuar a se expandir. A previsão de crescimento para este ano é de cerca de 5%, seguindo avanço previsto de 7,5% em 2010.

No ano passado, a economia brasileira gerou 2,55 milhões de postos de trabalho, um recorde no país, e, de acordo com o IBGE, o rendimento do trabalhador atingiu o seu maior patamar nos últimos sete anos. O valor de R$ 1.490,61, média calculada para 2010, representa um ganho de 3,8% em relação a 2009 e de 19% desde 2003.     

Na avaliação da diretoria do Sinpro Minas, o aumento do emprego formal e o ritmo em alta do mercado interno abrem espaço para reajuste dos salários acima da inflação e o atendimento das reivindicações econômicas e sociais da categoria.“Não há razão, sobretudo de ordem econômica, para que os donos de escolas se recusem a atender a nossa pauta. É preciso melhores condições de trabalho, salário digno e valorização dos professores para que a qualidade da educação possa avançar. Vamos construir nossa campanha reforçando a convicção de que podemos muito mais quando lutamos unidos”, afirma Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas. 

Um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no primeiro semestre de 2010, mostrou que, das 290 negociações salariais analisadas, em aproximadamente 97% delas foram conquistados reajustes salariais iguais ou acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

“A economia está em plena expansão e vai se aquecer ainda mais em 2011. Tanto é que, para acompanhar esse ritmo e aumentar ainda mais a lucratividade, grandes grupos educacionais e muitas instituições de ensino privadas já anunciaram expansões”, destaca Gilson Reis.