Em assembleia nesse sábado (12/2), no auditório do Sinpro Minas, os professores da rede privada de ensino recusaram a contraproposta patronal e ressaltaram que neste ano não vão abrir mão de avanços, uma vez que todos os indicadores econômicos são positivos e as mensalidades foram reajustadas em índices superiores ao da inflação. A categoria aprovou nova proposta a ser encaminhada aos donos de escolas, que prevê a manutenção da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), reajuste salarial de 12%, regulamentação da educação à distância, equiparação do piso da educação infantil (de 0 a 3 anos) ao do ensino fundamental (1o ao 5o ano), eleição de delegados sindicais a cada 50 trabalhadores na instituição de ensino e data-base em 1o de abril. Nova assembleia foi marcada para 26/2, às 10 horas, também no auditório do sindicato (Rua Jaime Gomes, 198 – Floresta – BH). A próxima reunião com o patronal (Sinep/MG) será na terça-feira (15/2).
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Os docentes também demonstraram preocupação com a violência no ambiente escolar e querem discutir com os donos de escolas a criação de medidas efetivas para combatê-la (clique aqui para saber mais sobre o disque-denúncia).
“Tivemos uma assembleia bastante representativa hoje (12/2), com professores de várias escolas. O que ficou claro é que a categoria exige a ampliação das conquistas, para que tenhamos melhores salários e condições de trabalho e, consequentemente, mais qualidade da educação na rede privada de ensino”, afirmou Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas.
A contraproposta patronal, recusada por unanimidade, prevê renovar a atual CCT e recompor o salário de acordo com o INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor (6,53%).
Conjuntura econômica O presidente do Sinpro Minas fez uma análise da conjuntura econômica e das negociações. Ele destacou que o cenário econômico é o mais favorável nos últimos 30 anos, o que permite os donos de escolas atenderem as reivindicações. “Agora é hora de avançar e o que vai garantir isso é a mobilização. Esse elemento será decisivo em 2011, como foi no ano passado e em outros momentos”, ressaltou o presidente do sindicato.
O diretor do Sinpro Minas Newton de Souza disse que a falta de condições adequadas de trabalho e os baixos salários também na rede privada de ensino têm tornado a carreira docente pouco atraente e feito com que professores a abandonem e jovens desistam antes de iniciá-la.
Um estudo feito pela Fundação Carlos Chagas apontou que apenas 2% dos 1,5 mil estudantes entrevistados pretendem cursar pedagogia ou alguma licenciatura. Segundo a pesquisa, um terço dos entrevistados cogitou ser professor, mas desistiu em decorrência dos fatores negativos da profissão, como a baixa remuneração, o desrespeito dos alunos e as más condições de trabalho.
O último censo do ensino superior, feito pelo Ministério da Educação, revelou que o número de formandos nas graduações que preparam docentes para os primeiros anos da educação básica caiu pela metade em quatro anos. De 2005 a 2009, os alunos que concluíram os cursos de pedagogia e normal superior foram de 103 mil para 52 mil. Houve queda também nos graduandos em cursos de licenciaturas: de 77 mil em 2005 para 64 mil em 2009. Leia também
“Vamos ampliar a luta pela valorização da categoria. A assembleia do dia 26 [de fevereiro, sábado] será muito importante. Por isso, é fundamental a mobilização dos professores. Ela será decisiva para avançarmos neste ano, em que todas as condições são favoráveis para conquistarmos melhores salários e condições de trabalho”, destaca Gilson Reis.
ASSEMBLEIA DA CATEGORIA DIA 26/2 – SÁBADO – 10 HORASLOCAL: SINPRO MINAS (RUA JAIME GOMES, 198 – FLORESTA – BH)
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Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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