Mais uma vez a história se repete. Enquanto os salários dos trabalhadores em educação são arrochados, as mensalidades escolares seguem nas alturas, com reajustes superiores a 10%. Esses acréscimos pressionaram os índices de inflação nos primeiros meses do ano, e, ao mesmo tempo, os patrões tentam impor salários aviltantes aos trabalhadores. O discurso vazio de uma educação de qualidade só serviu para que esses empresários acumulassem verdadeiras fortunas e formassem grandes impérios. Para eles, a educação não passa de mera mercadoria a ser colocada a venda no mercado de consumo.Os trabalhadores da rede particular de ensino também são pais de alunos e cidadãos preocupados com a educação oferecida aos seus filhos e filhas e não compactuam com essa prática mercantilista e descomprometida com a dignidade daqueles que são, sem dúvida, a mola mestra de toda a engrenagem que faz movi mentar a sociedade em direção ao pleno desenvolvimento econômico e social.As pautas de reivindicações das campanhas salariais, apresentadas pelos sindicatos de professores e auxiliares de administração do estado (Sinpro Minas, SAAE-MG, SINPRO-JF, SINAAE-JF) incluem a recomposição salarial com base no INPC integral a partir das datas-base de fevereiro (6,43%) e março (6,25%), mais ganho real, índices muito inferiores aos utilizados pelos donos de escolas para reajustarem as men sa lidades escolares.Os trabalhadores não aceitam a argu men tação dos donos de escolas, que usam a crise financeira internacional como desculpa para, mais uma vez, impor aos trabalhadores da rede particular de ensino um descabido achatamento salarial. Se for necessária a mobilização da categoria profissional, estaremos prontos para o enfrentamento em todos os níveis, seja com paralisações, greves, ou qualquer outro mecanismo de luta que leve à vitória e à conquista daquilo que entendemos ser o mínimo para manter acesa a dignidade dos tra ba lhadores.Não vamos aceitar a absurda contraproposta apresentada pelo Sinepe/Sudeste (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sudeste de Minas Gerais) de reajustar os salários dos trabalhadores da rede particular de ensino da Zona da Mata e Vertentes, representados pelo Sinpro Minas, SAAE-MG, SINAAE-JF, em apenas 3,5%, enquanto as mensa lidades foram aumentadas em torno de 10% entre 2008 e 2009, além de uma inflação que corroeu o poder de compra dos trabalhadores em quase 7% nos doze meses entre as datas-base.Enquanto os donos de escolas falam em crise, as salas de aulas continuam superlotadas, as condições de trabalho são precárias, a exigência de trabalho extra cresce, a obrigação de trabalhar aos sábados torna-se cada vez mais comum, o assédio moral uma prática corriqueira nos corredores das escolas, a privacidade dos trabalhadores devassada por novas tecnologias como a Internet, o desestímulo para a formação continuada uma realidade, enfim, enquanto as condições salariais e de trabalho. Para que esse quadro seja revertido será preciso que todos nós, trabalhadores da rede particular de ensino, estejamos mobilizados e atentos aos acontecimentos que se avizinham, pois trata-se de uma verdadeira guerra.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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