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Campanha Salarial 2009 Professores da Zona da Mata e Vertentes não aceitam arrocho salarial

27 de março de 2009

Mais uma vez a história se repete. Enquanto os salários dos professores são arrochados, as mensalidades escolares seguem nas alturas, com reajustes superiores a 10%. Esses acréscimos pressionam os índices de inflação nos primeiros meses do ano, e, ao mesmo tempo, os patrões tentam impor salários aviltantes aos educadores. O discurso vazio de uma educação de qualidade só serviu para que esses empresários acumulassem verdadeiras fortunas e formassem grandes impérios. Para eles, a educação não passa de mera mercadoria a ser colocada a venda no mercado de consumo.Em outubro de 2008, o Sinpro Minas lançou a campanha de valorização dos professores da rede privada, com o slogan “Valorizar os professores também é defender a educação”. Naquele momento, a diretoria do Sinpro e a categoria deixaram claro, não só para os donos de escolas particulares mas para toda a sociedade, que educação não é mercadoria. Tratava-se de demonstrar a indignação da classe com a maneira pela qual os capitalistas do ensino vêm lidando com a educação privada nos últimos anos.Os professores e professoras da rede privada de ensino também são pais de alunos e cidadãos preocupados com a educação oferecida aos seus filhos e filhas e não compactuam com essa prática mercantilista e descomprometida com a dignidade daqueles que são, sem dúvida, a mola mestra de toda a engrenagem que faz movimentar a sociedade em direção ao pleno desenvolvimento econômico e social.A pauta de reivindicações da campanha salarial, apresentada pelo Sinpro Minas, contém cerca de 50 itens, incluindo não só questões de cunho econômico, como recomposição salarial com base no INPC integral a partir das datas-base de fevereiro (6,43%) e março (6,25%), índices muito inferiores aos utilizados pelos do nos de escolas para reajustarem as mensalidades escolares, além de outras reivindicações.O Sinpro Minas não aceita a argumentação dos donos de escolas, que usam a crise financeira internacional como desculpa para, mais uma vez, tentar impor aos trabalhadores da educação privada um descabido arrocho salarial. Se for necessária a mobilização da categoria profissional, estaremos prontos para o enfrentamento em todos os níveis, seja com paralisações, greves, dissídio ou qualquer outro mecanismo de luta que leve à vitória e à conquista daquilo que entendemos ser o mínimo para manter acesa a dignidade do professor.Não vamos aceitar a absurda contraproposta apresentada pelo Sinepe/Sudeste de reajustar os salários dos professores da rede privada de ensino na Zona da Mata de Minas Gerais em apenas 3,5%, enquanto as mensalidades foram aumentadas em torno de 13% entre 2008 e 2009, além de uma inflação que corroeu o poder de compra dos educadores em quase 7% nos doze meses entre as datas-base.Enquanto os donos de escolas falam em crise, as salas de aulas continuam superlotadas, as condições de trabalho são precárias, a exigência de trabalho extraclasse cresce, a obrigação de trabalhar aos sábados torna-se cada vez mais comum, o assédio moral, uma prática corriqueira nos corredores das escolas, a privacidade do professor devassada por novas tecnologias como a internet, o desestímulo para a formação continuada, uma realidade, enfim, enquanto as condições salariais e de trabalho do professor só pioram, os donos de escolas acumulam fortunas em bens e patrimônios obtidos às custas da exploração do trabalho docente.Para que esse quadro seja revertido, será preciso que todos nós, professores e professoras de todos os níveis, estejamos mobilizados e atentos aos acontecimentos que se avizinham, pois trata-se de uma verdadeira batalha.   Não vamos deixar que eles acabem com a nossa dignidade!

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