Intransigência patronal empurra negociações para a Justiça do Trabalho
Diante do impasse nas negociações com o sindicato patronal no norte do estado (Sinepe/Norte), o Sinpro Minas instaurou, no dia 22 de junho, o Dissídio Coletivo. Com isso, ficará a cargo da Justiça do Trabalho examinar as propostas da pauta de reivindicações da categoria e julgar o que for procedente. O Tribunal Regional do Trabalho ainda convocará as partes para uma reunião de conciliação, antes do julgamento do Dissídio, ambos sem data definida.
Mesmo com a campanha salarial tendo caminhado para o impasse, com a necessidade de intervenção da Justiça do Trabalho, os professores não podem cruzar os braços. A mobilização continua sendo o maior instrumento para pressionar os donos de escolas a reconhecerem que a valorização da educação passa pela melhoria das condições de trabalho e por salários dignos para os profissionais. Por isso, é fundamental a presença da categoria na assembléia do dia 10 de julho (quinta-feira), às 17 horas, na regional do Sinpro Minas em Montes Claros (Rua Januária, 672 – Centro).
Nas negociações deste ano, os representantes do Sinepe/Norte mantiveram uma postura intransigente e se recusaram a atender as demandas dos professores por melhores condições de trabalho e salários. Durante todo o processo, o presidente da Comissão de Negociação do Sinepe/Norte, Elisiário Pereira Rezende, insistiu na precarização das conquistas, propondo a retirada de vários direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A situação no norte de Minas é a pior do estado. É a única região onde a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) não foi assinada. Em todas as outras – Minas Gerais, Sudeste, Idiomas, Poços de Caldas e Triângulo Mineiro –, as negociações resultaram na assinatura da CCT e na manutenção dos direitos dos professores, além da recomposição salarial, com ganho real. A precarização das condições de trabalho dos professores se intensificou depois que grandes grupos educacionais, interessados somente na lucratividade do negócio, se instalaram na região. Entre esses grupos estão a Soebras (com aproximadamente três mil funcionários em toda a região), do deputado estadual Ruy Muniz, e a Kroton Educacional, da qual fazem parte o Pitágoras e a Faculdade Ined. Por não se importarem com as condições de trabalho da categoria, alguns empresários da educação fortalecem um ambiente favorável à expansão de escolas que somente se preocupam com lucros fáceis, em detrimento de um ensino de qualidade.
Para o Sinpro Minas, as reivindicações dos professores representam avanços nas condições de trabalho que irão repercutir na melhoria da saúde dos docentes e na qualidade do ensino. O sindicato avalia que, diante do cenário econômico favorável e do crescimento do setor educacional na região, não há razões de ordem econômica para deixar de atender as demandas dos professores, conforme alegam os donos de escolas. Diante da situação, a categoria deve se manter mobilizada e exigir o cumprimento dos seus direitos duramente conquistados.
Trabalhamos Muito! Merecemos Mais! Não à mercantilização da educação.
Assembléia de professores – Região NorteData: 10 de julho – quinta-feira Local: Regional Montes Claros (Rua Januária, 672 – Centro)Horário: 17 horasPauta: Campanha salarial 2008
Acesse o INTERVALO 377 (PDF).
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
plantaojuridico@sinprominas.org.br
RUA JAIME GOMES, 198 – FLORESTA – BELO HORIZONTE/MG – CEP 31015-240
FONE: (31) 3115.3000 | SINPROMINAS@SINPROMINAS.ORG.BR
COPYRIGHT © 2022 SINPRO MINAS – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.