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Carta aos pais e estudantes de escolas particulares

4 de setembro de 2023

Nós, professores de escolas particulares de BH e região, ainda estamos em campanha reivindicatória, em busca de melhores condições de vida e trabalho.

No entanto, desde o início das negociações, em março deste ano, o sindicato patronal vem apresentando propostas que precarizam direitos históricos nossos, entre eles o adicional por tempo de serviço e a isonomia salarial.

Na última proposta apresentada, o patronal propôs até alterar nosso período de férias coletivas, sem levar em consideração nosso tempo de descanso e lazer com nossos familiares. Em relação ao reajuste salarial, o patronal se recusa a oferecer um percentual que reponha minimamente perdas inflacionárias do período recente.

Por isso não temos tido alternativa que não seja a paralisação das atividades profissionais, aliás um direito legítimo, previsto na Constituição e necessário diante de impasses. Queremos denunciar para toda a sociedade a enorme falta de valorização por parte dos empresários do setor educacional, que dizem reconhecer a importância e o valor do nosso trabalho – o que não passa de mera retórica.

Queremos a manutenção das nossas conquistas. Nenhum direito a menos. É muito pedir para que nada seja alterado?

É justo, depois de tanta dedicação e trabalho, que aliás vem se acumulando, sobretudo após a pandemia e com a introdução das novas tecnologias no setor, termos direitos suprimidos e não recebermos nada de ganho real? Não nos parece nada justo.

Buscamos respeito, valorização e condições adequadas de trabalho para podermos exercer bem o ofício que escolhemos, o de partilhar o conhecimento com as novas gerações, que tanto nos motiva.

Sem valorizar os professores e professoras, não haverá qualidade do ensino.

Frente a esse quadro, contamos com o apoio e a solidariedade de todos vocês, pais e estudantes, para que juntos possamos fortalecer a luta em busca de uma educação de qualidade, com respeito e dignidade docente.

COMENTÁRIO

6 respostas

  1. Nas instituições de ensino técnico muitos professores não sabem o que está acontecendo, a maioria são profissionais de outras áreas, como advogados, engenheiros, enfermeiros etc, atuando como professores. Muitos não sabem nem como é calculado a hora/aula.

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