Centenas de professores de escolas particulares de Belo Horizonte e região se reuniram em assembleia, nesta quinta-feira (9/05), no Hotel Dayrell, para avaliar os rumos da campanha reivindicatória 2013.
A categoria decidiu fazer uma nova assembleia no dia 14 de maio (terça-feira), às 17 horas, na sede do Sinpro Minas (Rua Jaime Gomes, 198, Floresta – BH), data em que ocorrerá outra reunião de negociação entre representantes do Sinpro Minas e do Sinep/MG. Na última rodada de negociação entre as partes, o Sinep/MG manteve a proposta de 7,22%, que representa apenas a recomposição dos salários pela inflação acumulada medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), além da manutenção das demais cláusulas da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. O Sinpro Minas tem reafirmado em mesa de negociação a pauta de reivindicação dos professores e a rejeição da categoria à proposta de reajuste pelo INPC ou qualquer retirada de direitos. Na manhã desta quinta-feira (9/5), pouco antes da assembleia dos professores, o presidente do Sinep/MG sinalizou a possibilidade de um reajuste de 8%, além da manutenção das conquistas, para um acordo entre as partes. No entanto, a proposta precisaria passar pelo aval da assembleia dos donos de escolas, que acontecerá no dia 13 de maio. Durante a assembleia desta quinta, os professores afirmaram que só poderão avaliar a contraproposta patronal após a sua oficialização. “A indignação está se espalhando pela categoria de forma perigosa. A intransigência patronal vai provocar o caos na rede privada. Educação não é mercadoria e vamos provar isso”, desabafou um professor.
Tensionamento
O presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, abriu a assembleia falando sobre o autoritarismo existente dentro das escolas e a estratégia dos patrões para impedir a mobilização da categoria e seus avanços. Nas últimas semanas, o Sindicato dos Professores foi impedido de entrar em algumas escolas. “Aumentou o tensionamento e a pressão sobre os professores. Os casos de assédio moral precisam ser denunciados, para que sejam tomadas as medidas necessárias”, afirmou.
Gilson lembrou que todas as vitórias da categoria foram obtidas com enfrentamento e greve. “Para além da valorização do nosso trabalho e da garantia dos nossos direitos, queremos formar uma geração de brasileiros para o futuro. Temos compromisso com uma educação de qualidade. Vamos lutar sempre por isso”, conclamou o presidente.
“A nossa luta é ideológica. Os patrões querem nos derrotar, porque nos últimos anos saímos vitoriosos”, avaliou o diretor do Sinpro Minas Aerton de Paulo Silva. “A gente não briga só por salários, mas pela educação. Estamos formando cidadãos”, disse um professor.
Os professores manifestaram indignação com a postura do Sinep/MG que se recusa a discutir questões primordiais para a valorização da categoria como a equiparação dos pisos do ensino infantil ao ensino médio e outros pontos da pauta de reivindicações. “Enquanto pensarem que criança de um ano não precisa de educação, a educação não vai avançar”, disse uma professora.
Exemplos de coragem
“Não posso deixar de reconhecer a garra dos meus colegas que pararam até sob ameaça de demissão”, disse o professor de uma das escolas que aderiram totalmente à paralisação desta quinta-feira. Segundo ele, enquanto estavam na assembleia, os alunos fizeram, durante o recreio, uma manifestação com faixas em apoio à luta dos professores.
Para a diretora do Sinpro Minas Celina Arêas, não é fácil para os professores pararem com a pressão existente dentro das escolas. “Os professores que estão aqui têm muita coragem. Vamos nos alegrar por isso”, afirmou.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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