A CTB Minas gerais e demais Centrais Sindicais no estado deliberaram na quinta-feira (10), uma mobilização conjunta pelo salário mínimo regional. O assunto já era discutido internamente, mas a partir de agora será uma mobilização pública e ampla.
Participaram da reunião os deputados estaduais Celinho do Sinttrocel (PCdoB) e Rogério Corrêa (PT). Ambos propõem Projetos de Lei sobre o tema. A mobilização deliberada pelas Centrais prevê diversas frentes, inclusive um grupo de trabalho com a participação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e de mandatos populares que integram o bloco de oposição “Minas sem Censura” (PT, PMDB, PcdoB, PRB).
O presidente da CTB Minas, Gilson Reis, propôs a coleta imediata de 10 mil assinaturas, como meio de levar o debate à sociedade. “Precisamos propor a pauta à imprensa, além de diversas audiências em diferentes comissões da Assembleia”, destaca Gilson. Segundo a Lei Complementar que regulamenta o artigo 7° da Constituição Brasileira, os salários mínimos regionais devem ser propostos pelos governadores. O fato já provocou o arquivamento de matérias semelhantes na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia mineira. Por isso, Gilson Reis acredita que apenas uma articulação política estruturada pode render o apoio da sociedade e a vitória dos trabalhadores.
A supervisora técnica do Dieese, Maria de Fátima Lage Guerra, acredita que o momento político é bastante favorável, por causa da mobilização conjunta pelo salário mínimo de R$ 580. A articulação mineira prevê ainda um seminário técnico, no mês de março. A supervisora do Dieese propõe o convite aos técnicos e companheiros que, em outros estados do Brasil, construíram conhecimento e conquistaram a política de salário mínimo regional. “Cada estado tem sua especificidade, sua realidade econômica e política, mas é sempre bom ouvir outras experiências”, destaca.
O deputado Celinho do Sinttrocel acredita que a eventual política do salário mínimo regional pode contribuir para o fortalecimento das negociações sindicais. Na avaliação do parlamentar, o mínimo regional “força os sindicatos a estabelecerem negociações que reivindiquem salários acima do piso”. Os representantes das Centrais apenas vão propor um valor para o mínimo regional após consolidarem a luta por essa política pública.
Fonte: Verônica Pimenta CTB-MG
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