Os professores e professoras da Facisa enfrentam, desde 2015, constantes atrasos no pagamento de salários. Isso tem causado inúmeros transtornos em suas vidas, principalmente para aqueles que têm no salário de professor sua única fonte de renda. Nos últimos meses, a situação se complicou, e eles passaram a receber com atrasos ainda maiores.
Para se ter uma ideia, os docentes da Facisa receberam o salário de outubro no final de dezembro. Mesmo assim, o pagamento só foi efetuado devido a uma pressão dos professores, que paralisaram as atividades por dois dias. Alguns professores, não suportando mais essa situação, sugeriram uma paralisação geral no final do ano. Mas a maioria, preocupada com os prejuízos que poderiam causar aos estudantes, preferiram dar mais um tempo à direção da instituição.
Entretanto, quando o ano letivo se iniciou, a instituição devia o salário de dezembro, o 13º e as férias de 2021. Diante desse quadro, os professores e professoras decidiram, em assembleia no dia 2 de fevereiro, cruzar os braços e não iniciar o ano letivo, até que as pendências financeiras sejam resolvidas. É bom lembrar que, além dos débitos atuais, a instituição deve aos docentes parte do 13º de 2020 e do salário de abril e quase a totalidade dos salários de maio e junho de 2021.
De forma ilegal, a instituição, ao invés de quitar seus débitos com seus trabalhadores, preferiu contratar outros para substituí-los. O Sindicato dos Professores (Sinpro Minas), legítimo representante da categoria, já tomou as medidas legais cabíveis.
O Sinpro Minas e os docentes da Facisa estão abertos à negociação. Mas a direção da instituição confunde estar aberto para negociar com aceitar qualquer proposta que seja feita. Recentemente, foi apresentada aos professores a proposta de quitar as férias e o 13º em 20 de março. Nada falaram sobre os outros débitos nem garantiram que o salário de fevereiro será pago em dia. Uma total falta de respeito!
Diante desse quadro, o Sinpro Minas e os docentes da Facisa se dirigem a toda a comunidade de Unaí para esclarecer os fatos e deixar claro que desejamos que a greve se encerre o mais rápido possível. Mas os docentes não estão dispostos a retornar ao trabalho enquanto não tiverem essa triste situação resolvida.
Quanto à iniciativa da instituição de contratar substitutos, muitas vezes sem a devida qualificação, os docentes a consideram ilegal e irresponsável, do ponto de vista pedagógico. Uma vez encerrada a paralisação, os professores se colocam à disposição para discutir a reposição das aulas.
O Sinpro Minas também se coloca inteiramente à disposição dos estudantes, para esclarecer qualquer dúvida, e da direção da Facisa, para discutir a solução desse conflito.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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