Belo Horizonte recebe o congresso de fundação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Terminou nessa sexta-feira (14), em Belo Horizonte, o Congresso de Fundação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). O Sesc Venda Nova, local do evento, recebeu, durante três dias, cerca de 1,3 mil dirigentes sindicais de todo o país, que aprovaram o estatuto, a carta de princípios e o plano de lutas e elegeram a direção nacional da mais nova central sindical brasileira.“Essa direção expressa um esforço de quase três meses de debates internos, em que todas as forças da CTB foram ouvidas e contempladas”, destacou o presidente do sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Gomes, eleito por unanimidade para a presidência da CTB. “Não há projetos pessoais. Os critérios de escolha levam em conta aspectos políticos e regionais, além da questão da proporcionalidade e dos ramos de trabalho”, explicou o coordenador nacional da Corrente Sindical Classista (CSC), João Batista Lemos, escolhido para o cargo de secretário-adjunto de Relações Internacionais.Os delegados também elegeram o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, como coordenador da CTB em Minas Gerais, a diretora Celina Arêas como secretária de Formação e Cultura da nova entidade e o diretor Edson de Paula Lima como membro da direção plena. “É uma tarefa pesada que estamos assumindo, pois sabemos da importância da formação sindical e cultural dos trabalhadores na luta contra os patrões. Realmente é um grande desafio, mas vamos trabalhar diariamente para que cumpramos a nossa proposta de ajudar a construir um projeto de desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda”, frisou a diretora do Sinpro Minas.Gilson Reis ressaltou que, em Minas, um dos principais desafios será a mobilização dos trabalhadores contra o projeto neoliberal implementado pelo governador Aécio Neves. Segundo Wagner Gomes, a CTB precisa agora se enraizar nos estados para ganhar expressão nacional.Lula envia mensagemNo ato de abertura do congresso, realizado na noite de quarta-feira (12), importantes nomes do cenário político e sindical, além de parlamentares e representantes de organizações de trabalhadores do campo e da cidade destacaram a importância da criação da CTB.Em mensagem enviada aos participantes do congresso, o presidente Lula desejou boa sorte à CTB e fez um apelo pela unidade dos trabalhadores. “Quero reafirmar o compromisso do governo federal – e o meu próprio empenho – em prosseguir no diálogo qualificado e produtivo com a classe trabalhadora, agora também representada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Estou certo de que, juntos, poderemos avançar muito na construção de um país cada vez mais justo e com oportunidades para todos”, disse o presidente Lula, em mensagem. (Clique aqui e confira a mensagem na íntegra)Na quinta-feira (13), os delegados também aprovaram, por unanimidade, a filiação da CTB à Federação Sindical Mundial (FSM). Numa resolução intitulada “A CTB e a FSM”, explica-se o porquê da adesão a essa federação e não à Central Sindical Internacional (CSI). Segundo o texto, “a reorganização da FSM representa uma linha de resistência mais consistente até a construção da verdadeira unidade do movimento sindical internacional – sem exclusão e numa perspectiva anticapitalista”. (Leia a resolução sobre a FSM)O último dia foi marcado pelo debate em torno do plano de lutas da nova central sindical e por manifestações a favor da CTB de representantes das 18 delegações internacionais presentes. “Essa nova entidade sindical tem por trás uma orientação classista, o que é muito importante para os trabalhadores hoje”, afirmou o nigeriano Comrade Abdul Motajo, representante da Nuate (sigla em inglês da União Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo da Nigéria).Diversidade políticaTambém compareceram ao congresso o ministro do Esporte, Orlando Silva; o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical; o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo; a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf; o sírio Abid Miro, presidente da Federação Sindical Mundial; o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral; a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG); a coordenadora-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Madalena Guasco; entre outros parlamentares e dirigentes nacionais de diversas entidades e partidos políticos, como o PSB, PDT, MST, Fitee, Contag, Conam, Unegro, UBM, UGT, CGTB, Nova Central, além de federações de trabalhadores e da Confederação dos Marítimos.
Fotos: Eliezer Dias e Manoel Porto
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