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Crimeia vota por separação da Ucrânia para reintegrar a Rússia

6 de março de 2014

O Parlamento da Crimeia, região autônoma no sul da Ucrânia, com maioria russa, votou pela secessão no dia 6/03, com o objetivo de integrar a Rússia. De acordo com a mídia internacional, os parlamentares afirmaram que, caso o país vizinho aceite a medida, os cidadãos da Crimeia poderão decidir sobre o futuro da península através de um referendo, a ser realizado no dia 16 de março.

O presidente dos EUA, Barack Obama, e o da Rússia, Vladmir Putin, conversaram sobre a situação na Síria durante a cimeira do G8, na Irlanda do Norte, em 17 de junho de 2013.

 Apesar do intensificar da retórica de acusação contra a Rússia, em um desenrolar acelerado da crise que atingiu a Ucrânia desde a eclosão dos protestos pró-União Europeia, de contornos predominantemente fascistas, a população da Crimeia, região transferida à Ucrânia em 1954, é composta majoritariamente por russos, cerca de 60% do total.

 No final de fevereiro, a derrubada inconstitucional do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, respaldada pelo Ocidente, foi o cume na escalada exponencial da crise desde novembro do ano passado, quando o Parlamento ucraniano decidiu suspender o acordo comercial que levaria à integração à União Europeia e, para muitos, a expansão da presença regional da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), que continua refletindo e discursando sobre o contexto regional através de uma narrativa retrógrada, patente durante a Guerra Fria.

 Apesar das demandas que Yanukovich e o presidente russo Vladmir Putin passaram a fazer sobre a garantia feita pela UE, na mediação das negociações entre a oposição de direita e extrema-direita e o governo ucraniano, o “golpe de Estado”, como denunciam ambos os presidentes, tem sido institucionalizado com o respaldo ocidental, embora ocorrido um dia depois de acordo assinado entre as forças políticas ucranianas.

 Em declarações à imprensa poucos dias depois da sua destituição ilegal, Yanucovich expôs os principais pontos do pacto assinado, com a mediação da UE, e a má-fé dos mediadores e dos EUA, negligentes sobre a flagrante violação do acordo e da Constituição ucraniana.

 O apoio determinante oferecido pelo Ocidente aos protestos nas ruas, de contornos violentos e significativamente fascistas, também esclarece a opção ocidental pelo respaldo a um governo inconstitucional, mas fica omitido dos relatos noticiosos e análises que identificam a movimentação de tropas russas como o início ou o fator de ignição das preocupações sobre um confronto armado.

Crimeia em foco

 Em suas primeiras declarações sobre o assunto e a crise que se alastrou pela Ucrânia, na terça-feira (4), Putin afirmou: “Trata-se de um golpe inconstitucional e uma tomada militar do poder. Se vemos a violação da lei se espalhar pelo leste e as pessoas começam a pedir a nossa ajuda, enquanto já temos uma declaração [no mesmo sentido] do presidente legítimo, temos o direito de usar todos os meios de que dispomos para proteger esses civis.”

O presidente russo ressaltou que o seu país e a Ucrânia não são apenas vizinhos imediatos, mas também irmãos. “Nossas forças armadas são companheiros em armas, amigos (…). Estou convencido de que as forças russas e ucranianas não estarão em lados diferentes das barricadas, e sim do mesmo lado. Se tomarmos tal decisão, será pela proteção dos civis ucranianos.”

Putin afirmou que não aceitará que as forças armadas ucranianas se virem contra seus próprios cidadãos e enfrentaria quem quer que desse uma ordem neste sentido.

 A região autônoma da Crimeia, território russo que foi cedido à Ucrânia durante o período da União Soviética – então governada por Nikita Krushev, de origem étnica ucraniana – deve decidir sobre o seu futuro de forma popular e também autônoma, de acordo com os parlamentares.

 Apesar de a Constituição ucraniana definir que as mudanças territoriais só podem ser decididas por todo o país, a representação da Crimeia também declarou inconstitucional o governo interino instalado após o golpe e não reconhece a sua autoridade.

 Enquanto isso, a União Europeia discute a imposição de sanções contra a Rússia e os Estados Unidos alegam representar um papel de mediação entre o governo interino da Ucrânia e o governo russo, em negociações fadadas a falharem, devido ao apoio ilegítimo do Ocidente aos que ocuparam o poder no país.

 Da Redação do Vermelho, Com informações das agênciasFonte: Portal Vermelho

 

 

 

 

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