Em homenagem aos 60 anos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a diretoria do Sinpro Minas entregou uma placa comemorativa ao economista da entidade, Frederico Melo, durante a reunião ampliada da diretoria, realizada no dia 17 de outubro, que discutiu a conjuntura da próxima campanha reivindicatória dos professores. Para o economista, a disputa de projeto de país para o futuro afeta o cenário político e econômico, assim como a conjuntura das campanhas reivindicatórias dos trabalhadores.
Em sua análise, o economista do Dieese afirmou que o cenário político econômico está dando mostras de instabilidade muito grande e que a crise política se reflete na economia, em que há uma disputa sobre o projeto de país para o futuro, por grupos que querem imprimir um desenvolvimento no país sem a participação popular. “Eu diria que há uma inconsistência entre a política econômica do governo e a trajetória que veio sendo desenvolvida desde 2003, que foi a de crescimento baseado na dinamização do mercado consumidor interno e ampliação dos direitos”, opina.
Ainda, segundo Frederico Melo, o ajuste econômico promovido pelo governo federal recai sobre a classe trabalhadora, sendo esse o lado ruim do ponto de vista político para o próprio governo porque penaliza sua base social de apoio. “Por outro lado, o ajuste do estado que esses outros setores políticos querem impor ao Brasil é um ajuste ainda mais radical que penaliza muito mais a classe trabalhadora brasileira, eles querem rever a Previdência, a estabilidade do funcionalismo público e rever as vinculações orçamentárias para a saúde e a educação”, avalia.
Na reunião, que contou com a presença dos professores que compõem a chapa da diretoria para próxima gestão, foram discutidas as reivindicações da categoria para a pauta que deve ser entregue aos sindicatos patronais 60 dias antes da data-base dos professores. Entre elas, questões relativas ao pagamento de horas extras, férias, recesso, representante sindical, multa por descumprimento da Convenção Coletiva, adicional extraclasse, piso, formação, carreira, regulamentação do Ensino a Distância e outras.
A professora Valéria Morato, vice-presidenta do Sinpro Minas, destacou a equiparação dos pisos como um dos principais eixos das reivindicações da categoria. “Os pisos foram se diferenciando no Estado. Lutar pela unificação dos pisos dos anos iniciais é um passo, mas precisamos unificar os pisos em todo o Estado”, explica. A próxima campanha reivindicatória também dará ênfase às reivindicações de aumento do adicional extraclasse para 30% e para a estabilidade no emprego. A reivindicação salarial será a recomposição salarial pela inflação mais um percentual, a ser definido, de ganho real.
“O ano de 2015 para os trabalhadores tem sido difícil, com taxas de desemprego e inflação maiores, mas na verdade, mesmo assim, ainda é um ano melhor que o período anterior a 2003, a taxa de desemprego está chegando a 12% mas já foi de 20%”, lembrou o economista Frederico Melo. Segundo ele, se a gente pegar como referência as negociações do primeiro semestre deste ano, poderia dizer que as perspectivas para os professores do ponto de vista salarial é de zeramento das perdas e de aumento real. “Apesar de alguns fatores que podem dificultar essas conquistas, eu acredito que os professores têm plenas condições de conquistar aumento real para amenizar as perdas que a classe trabalhadora tem sentido nesse momento”, disse.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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