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Educação: Pesquisa revela perfil de professor do ensino fundamental e diretor de escola no Brasil

30 de junho de 2014

Segundo a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (TALIS), realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e coordenada no Brasil pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), no Brasil, 94% dos professores dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior (contra 89% da média dos outros países estudados) e mais de 95,1% dos professores acreditam que podem ajudar os alunos a pensar de forma crítica. A Pesquisa coletou dados por amostragem no ano de 2013 em 34 países (24 países da OCDE e mais 10 países parceiros: Brasil, Bulgária, Croácia, Chipre, Emirados Árabes Unidos, Letônia, Malásia, Romênia, Sérvia e Singapura) e ouviu mais de 106 mil professores do que corresponderia aos últimos anos do ensino fundamental no Brasil (6º a 9º ano). No Brasil, a amostra foi composta por 14.291 professores de 6º a 9º ano do ensino fundamental e 1.057 diretores de 1.070 escolas, com o objetivo de comparar internacionalmente a opinião de professores e diretores sobre desenvolvimento profissional, condições de trabalho, crenças e práticas de ensino, apreciação do trabalho dos professores, feedback e reconhecimento do trabalho, além de questões sobre liderança, gestão e ambiente de trabalho. Segundo o INEP, os dados da pesquisa serão incorporados aos dados do Censo Escolar e das avaliações nacionais, a fim de permitir uma melhor descrição da situação educacional no país.

Segundo a pesquisa, o professor típico brasileiro é do sexo feminino (71%, contra 68% na média dos outros países em 2013 e 73% de média brasileira em 2008), tem 39 anos de idade (contra média de 43 nos outros países) e em média 14 anos de experiência no magistério (contra 16 de média nos outros países). Mulheres também são maioria em cargos de direção no Brasil (75% contra 49% na média nos outros países). A maior parte dos professores entrevistados (88%) participou de algum programa de desenvolvimento profissional nos 12 meses anteriores à pesquisa. No Brasil, os docentes passaram, em média, 21 dias em treinamento em organizações externas, contra média de 7 dias nos outros países. A pesquisa mostra também uma diminuição de 51% para 40%, de 2008 para 2013, no Brasil, de professores contratados em tempo integral, com correspondente aumento nas contratações a tempo parcial. Ainda, 76,5% dos professores têm contratos por tempo indeterminado no estabelecimento de trabalho, contra a média do país de 74% em 2008 e a média de 82,5% nos outros países. Os professores brasileiros estão entre os que passam o maior número de horas por semana ensinando: 25 horas semanais contra a média de 19 horas nos outros países. Por outro lado, relatam investir 20% do tempo de aula mantendo a ordem em sala, contra a média de 13% nos outros países.

Quanto às percepções dos professores, no Brasil, 86,9% dos professores dizem estar de modo geral satisfeitos com o trabalho e apenas 13,5% se dizem arrependidos de terem optado pelo magistério. A pesquisa também aponta que 60% dos professores brasileiros declararam ter grande necessidade de desenvolvimento profissional na área de ensino para alunos com necessidades especiais, o maior percentual entre os países pesquisados. Também segundo a pesquisa, 18,4% dos professores brasileiros concordam que os professores com melhor desempenho em sua escola recebem maior reconhecimento.

Fonte: Fundação Perseu Abramo

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