Um grande protesto em frente à sede da TV Globo em Minas Gerais fechou o Dia Nacional de Lutas em Belo Horizonte, nesta quinta-feira. Os trabalhadores protestaram pela democratização da comunicação. “O protesto em frente à Globo é uma resposta à imagem negativa e tendenciosa que televisão passa à população das manifestações, dos atos e protestos dos movimentos sociais, sindicais e estudantis”, afirmou Joceli Andrioli, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Na capital, os trabalhadores percorreram vários quilômetros desde a Praça Sete, passando Prefeitura de Belo Horizonte, Banco Central, Assembleia Legislativa e Cemig, onde fizeram um coro e vaiaram a direção da empresa.
Durante a manifestação, o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, denunciou a política macroeconômica do Banco Central, que tem aumentado a taxa de juros da economia. “Dizem que não há dinheiro para saúde, educação, moradia popular, mas milhões e milhões são destinados a banqueiros, por meio desse taxa abusiva e dos aumentos sucessivos que vêm sendo feitos. Essas manifestações são por mais saúde, educação, direitos, e não mais mercado e neoliberalismo”, criticou Gilson Reis. “Somente a mobilização popular fará com que o país possa avançar em direção às transformações sociais mais profundas”, destacou.
O coordenador-geral do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieltro-MG), Jairo Nogueira Filho, denunciou o repasse de R$4,5 bilhões de lucro para acionistas da Cemig, enquanto a população paga uma das tarifas mais caras do Brasil. Ele também lembrou a média de cinco mortes de trabalhadores da empresa por ano.
“Conseguimos fazer um grande ato hoje em Belo Horizonte e cumprimos nosso papel nessa luta. A manifestação em frente à Cemig foi importante porque a empresa simboliza o que há de pior no atual governo neoliberal em Minas Gerais, com precarização e má qualidade dos serviços”, afirma.
Em seguida, os manifestantes foram para o Viaduto Elevado Castello Branco e pediram a mudança do nome da via, que lembra o período da ditadura militar no Brasil. A substituição seria pelo nome de Helena Grecco, que teve grande importância na defesa dos direitos humanos e da cidadania em Minas Gerais.
A presidenta da CUT-MG, Beatriz Cerqueira, afirmou que a manifestação não somente foi positiva, como foi melhor que o esperado. “Fizemos uma longa caminhada hoje que superou as expectativas. Em Minas construímos uma rede de mobilização que não é formada só por sindicatos, mas por movimentos populares, estudantis, juvenis”, disse.
Ela acredita que o movimento já teve resultados imediatos, como a reunião com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Dinis Pinheiro (PSDB), mas ainda deve gerar outras mudanças. “São protestos assim que pressionam o governo”, disse.
ReivindicaçõesO Dia Nacional de Lutas foi um ato organizado pelas centrais sindicais e movimentos sociais em todo o país para reafirmar a pauta de reivindicações da classe trabalhadora. Os trabalhadores reivindicam o fim do fator previdenciário, das terceirizações e da dispensa imotivada, 10% do PIB para a educação, redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, valorização das aposentadorias, transporte público de qualidade, reforma agrária, passe-livre para estudantes, democratização da mídia, entre outras questões.
Com informações do Portal Minas Livre
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